Redação no vestibular exige saber relacionar conteúdos; veja dicas

04/07/2010 15h07


Fonte R7

Imagem: Daia OliverClique para ampliarandidatos fazem prova do Pasusp, que dá pontos para a Fuvest, em 2009(Imagem:Daia Oliver)andidatos fazem prova do Pasusp, que dá pontos para a Fuvest, em 2009
Além da concorrência, outro “bicho de sete cabeças” que assusta os vestibulandos é a redação. A prova discursiva é tão importante quanto temida no processo seletivo. É ali, na construção do texto, que o aluno expõe suas idéias e mostra se está preparado ou não para a universidade, ou seja, para aprender conteúdos mais complexos do que os já vistos até então.

Se nas questões de matemática o candidato precisa provar que aprendeu como se calcula a área de um triângulo retângulo e, na de língua portuguesa, qual o porquê da crase, a redação é a chance dele expor o conhecimento absorvido no ensino médio em apenas um texto. Maria Aparecida Custódio, professora do Curso Objetivo, chama a atenção para a interdisciplinaridade da prova.

- Um candidato só vai bem na redação quando vai bem em todos os assuntos que não são de redação. Ele precisa saber história, geografia, química, enfim, ter conhecimento e repertório sólido para a argumentação.

O repertório, segundo Cida, é o conhecimento cultural do aluno. Para escrever bem, é preciso estar informado sobre os principais assuntos da atualidade e incluir na lista de leituras veículos diversificados: jornais (principalmente textos editoriais e artigos), livros de literatura e até história em quadrinhos e auto-ajuda.

- Os editoriais são bons porque o aluno já se familiariza com textos opinativos, argumentativos. E, os outros textos, por serem linguagens e construções diversificadas. É importante incluir leitura que dê prazer também, mesmo que seja de auto-ajuda.

Mais importante do que ler muito é ler bem, afirma Francisco Platão, supervisor de gramática, texto e redação do Curso Anglo. Ele destaca a importância da reflexão durante a leitura, “é preciso perguntar os porquês do que se lê, ser crítico”, diz ele.

- Ao escrever, o aluno precisa assumir uma posição personalizada, um raciocínio próprio. Redação não é uma ciência lógica, mas sim uma resposta a possibilidades. É necessário mostrar que apreendeu a proposta e articular os argumentos diante de uma situação de instabilidade.

Exatamente por isso, Platão diz que “não existe uma receita acabada para se fazer uma boa redação, mas sim, dicas para treinar um bom texto”. Escrever muito é bom, mas não basta, ressalta ele. Ter o que dizer é essencial para não fazer uma “redação vazia, de preenchimento de linhas”.

A professora Cida dá outra dica – faça cópias. Sim, ao observar e reescrever o que foi escrito nos jornais, por exemplo, é possível assimilar a norma culta da escrita e aprender a colocar as idéias no papel.

E tome cuidado - a fuga do tema elimina o candidato "de cara". Mesmo assim, não tente adivinhar o tema que pode cair no vestibular. Segundo Platão, “ a banca pode desconfiar caso vários alunos façam textos muito parecidos e acabar anulando a prova”.



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