Atlético-GO peca no segundo tempo e perde para o Universidad Católica

03/10/2012 23h44


Fonte Globo.com

Não deu para o Atlético-GO. Em sua primeira partida fora do país, o Dragão sucumbiu à pressão do Universidad Católica, em Santiago, no Chile, no jogo de ida das oitavas de final da Copa Sul-Americana, e perdeu por 2 a 0, na noite desta quarta-feira. O time goiano até conseguiu segurar os anfitriões no primeiro tempo, mas perdeu forças na etapa final, sofrendo os gols de Francisco Silva e Álvaro Ramos.

Os dois clubes voltam a se enfrentar no dia 24 de outubro, às 19h30m (de Brasília), no estádio Serra Dourada, em Goiânia. Os chilenos se classificam para as quartas de final com empate, derrota pela diferença mínima ou até mesmo com derrota por dois gols, desde que marque pelo menos um na casa do adversário (3x1, 4x2, 5x3...). Vitória do Atlético-GO por 2 a 0 leva a decisão para os pênaltis. Os brasileiros se classificam de forma direta apenas com triunfo por três de vantagem no placar. Quem avançar jogará na próxima fase contra o vencedor de Independiente-ARG e Liverpool-CHI.

Apesar da importância histórica do jogo, o Atlético-GO não sentiu a pressão. Vários fatores contribuíram, como a boa disposição do sistema defensivo do time rubro-negro, a falta de inspiração dos chilenos e o desânimo da própria torcida, que não compareceu em grande número ao estádio San Carlos de Apoquindo. As primeiras ações de ataque foram do Dragão, mas a equipe demorou e incomodar o goleiro Toselli porque errava muitos passes na saída de bola.

O centroavante Patric brigava muitas vezes isolado, sem o auxílio de Danilinho e Rayllan. Os meias brasileiros até que começaram participativos, mas tiveram pouco destaque com o decorrer da etapa inicial. O primeiro lance de perigo ocorreu aos dez minutos, quando o goleiro do Universidad Católica saiu de forma precipitada. A defesa chilena foi obrigada a afastar o perigo já na intermediária.

Imagem: Agência AFPDanilinho disputa a bola com Castillo, no estádio San Carlos de Apoquindo.(Imagem:Agência AFP)Danilinho disputa a bola com Castillo, no estádio San Carlos de Apoquindo.

Enquanto o lateral-esquerdo Diego Giaretta, que também atua como zagueiro, quase não subia ao ataque, do outro lado Marcos era bastante acionado. O Atlético-GO se tornou um time “torto” e desenvolveu a maioria de suas jogadas pela direita. Em uma delas, Marcos cruzou, e Henríquez tirou com dificuldades pela linha de fundo.

O goleiro e capitão rubro-negro Márcio só teve trabalho aos 21 minutos. Castillo recebeu lançamento, dominou bem e invadiu a área, obrigando o arqueiro adversário a sair bem do gol. Mas o Dragão ainda tinha o controle da bola. Mesmo sem ser criativo, o time goiano ficava mais no campo de ataque e ameaçava em jogadas de bola parada. Em uma delas, aos 27 minutos, Gustavo subiu mais alto em cobrança de escanteio, cabeceou forte e obrigou Toselli a fazer grande defesa.

O susto finalmente acordou os donos da casa, que só não foram para o intervalo com vantagem no placar por absoluta incompetência do atacante Trecco. Antes mesmo do principal lance do primeiro tempo, o Católica já havia ameaçado com Martínez e Parot, que chutaram com perigo ao gol de Márcio. Mas nada se compara ao que ocorreu aos 43 minutos. Após furada grotesca de Gustavo, a bola sobrou para Peralta dentro da área atleticana. O volante tocou para Trecco, que, livre de marcação, isolou.

Pressão e gols do Universidad Católica

O intervalo fez bem para o time chileno. O técnico Martín Lasarte não promoveu substituição, mas ajustou a equipe, que pressionou o Dragão desde o começo da etapa complementar. O mesmo Trecco, que perdera chance incrível no fim do primeiro tempo, arriscou de longe aos dois minutos e por pouco não balançou as redes. Em seguida, Castillo fez jogada individual, cruzou em cima de Gustavo e ficou com a sobra. O jogador pegou de primeira, à esquerda de Márcio.

Era preciso sair do sufoco. Sem tempo para respirar, o Dragão, que voltou com Ricardo Bueno na vaga de Patric, não conseguia manter a posse de bola e evitar a pressão do rival. Aos nove, quando tentou partir com força para o campo ofensivo, o Atlético-GO perdeu a bola no ataque e se viu desarmado na defesa. Era o que o Católica precisava. Em rápido contra-ataque, Francisco Silva recebeu na ponta esquerda. Com liberdade, o meia avançou e chutou de fora da área, no ângulo de Márcio, abrindo o placar.

Mesmo em desvantagem, os brasileiros não conseguiam equilibrar a partida em Santiago. Aos 15, Ríos recebeu dentro da área, passou por Marcos e chutou para a boa defesa de Márcio. Do banco de reservas, Artur Neto via sua equipe sofrer e tentava mudar o cenário. A alternativa escolhida foi mudar o sistema tático e substituir Rayllan por Diogo Campos. A melhora foi sutil.

Com o passar do tempo o Atlético-GO se lançou com mais frequência ao campo de ataque. No entanto, ameaçou apenas em lances isolados e de bola parada. O zagueiro Gustavo, que quase marcou no primeiro tempo, subiu livre novamente aos 28 minutos, após cobrança de escanteio, e quase empatou. Toselli fez defesa milagrosa. O castigo para o Dragão aconteceu aos 42 minutos. Após cruzamento de Ríos, Márcio saiu mal do gol, e Ramon finalizou de cabeça, para o fundo das redes, ampliando a desvantagem do time goiano para o jogo de volta.


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