Piauí apresenta taxa de escolarização no ensino superior acima da média

08/06/2021 18h09


Fonte G1

 
Imagem: ReproduçãoClique para ampliarPiauí apresenta taxa de escolarização no ensino superior acima da média(Imagem:Reprodução)
O Piauí e a Paraíba são os únicos estados da região Nordeste que apresentaram taxa de escolarização líquida (que mede o percentual de jovens de 18 a 24 anos que estão no ensino superior) acima da média do Brasil (18,1%). Enquanto o Piauí apresentou 20,8% dos jovens matriculados em uma instituição de ensino, Paraíba obteve 19,3%.

Os dados constam no Mapa do Ensino Superior no Brasil, divulgados nesta terça-feira (08), pelo Instituto Semesp, entidade que representa mantenedoras de ensino superior do Brasil. A 11ª edição do Mapa traz uma compilação de análises e dados sobre o cenário da educação superior no país a partir de informações do Censo da Educação Superior 2020, divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), referentes a 2019.

Naquele ano, a região Nordeste registrou, aproximadamente, 1,87 milhão de matrículas no ensino superior em instituições públicas e privadas, sendo 1,42 milhão em cursos presenciais e 452 mil na modalidade Ensino à Distância (EAD). Isso representa 21,7% das matrículas do país, a segunda maior região em números de estudantes do ensino superior atrás do Sudeste.

Contudo, houve queda de 2,5% em relação às matrículas presenciais numa comparação com o ano anterior. Já a modalidade EAD registrou incremento de 29,6%. Bahia (24,0%), Ceará (17,0%) e Pernambuco (15,8%) lideram o número de matrículas na região. Sergipe é o estado com menor representatividade de matrículas do Nordeste, 4,4%.

No Brasil, de modo geral, o número de matrículas em cursos superiores presenciais e de ensino à distância (EAD), nas redes privada e pública, cresceu 1,8% em 2019. O crescimento total das matrículas na rede privada para cursos presenciais e EAD foi de 2,4%, enquanto na rede pública foi de 1,5%.

Segundo o diretor-executivo do Semesp, Rodrigo Capelato, o que chama atenção é que a taxa de escolarização líquida, que mede o percentual de jovens de 18 a 24 anos que estão no ensino superior, na faixa etária adequada, não cresce. “Mais uma vez, o documento apresenta informações preocupantes, como a baixa taxa de escolarização líquida do país, que segue distante da Meta 12 do Plano Nacional de Educação. Menos jovens no ensino superior implica em uma maior vulnerabilidade social e menos capital socioeconômico no mercado, o que deve impactar na capacidade produtiva do país no futuro”, alertou, durante evento de divulgação do Mapa.