Meme na vida real: como é ser primo de quem passa em 1º lugar no vestibular ou tira mil na redação

15/12/2021 11h14


Fonte G1

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Em 2019, aos 17 anos, Gabriel Mattucci foi aprovado na Universidade de São Paulo (USP), no curso mais concorrido da instituição: o de medicina. Pelo Sistema de Seleção Unificada (S(Imagem:Reprodução)
Quando o g1 posta em suas redes sociais alguma história de destaque acadêmico - seja de um aluno que tirou mil na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ou que foi aprovado em 1º lugar em medicina -, boa parte dos comentários dos leitores é na linha (bem-humorada) de: "nossa, coitado dos primos!".

Já se cria aquela cena clássica: jantar de Natal, família reunida ao redor da mesa, e o tio (provavelmente, o do pavê) pergunta: "Bom, a Maria ganhou medalha na Olimpíada de Astrofísica. E você, João, fez o quê?"

Aproveitando que estamos em clima de confraternizações de fim de ano, o g1 foi ouvir dos próprios primos de gente de sucesso se realmente essas comparações acontecem com frequência.

Também conversou com uma psicóloga para saber se as brincadeiras podem ter um impacto na saúde emocional e na autoconfiança de crianças e jovens.

Prima do 1º lugar em medicina da USP
Em 2019, aos 17 anos, Gabriel Mattucci foi aprovado na Universidade de São Paulo (USP), no curso mais concorrido da instituição: o de medicina. Pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), ele ficou em primeiro lugar no campus de Bauru, no interior do estado.

Naquele mesmo ano, uma prima dele, Giovanna Pereira, à época com 19 anos, também passou na USP - só que em letras.

“No grupo da família no Whatsapp, só falaram dele. Para mim, ninguém deu muita atenção”, diz a jovem.

“Gabriel fez muito sucesso na minha cidade [Sorocaba-SP]; na igreja, todo mundo comentava. Um dia, a mãe de um amigo me falou: Giovanna, por que você não é como ele?. E alguns parentes diziam: nossa, o Gabriel vai fazer medicina! E você, Giovanna, não está fazendo nada?.
A jovem conta que, apesar disso, em momento algum, entrou em conflito com o primo ou ficou incomodada com o desempenho dele. O problema eram as reações externas.

“Fiquei muito feliz de ver o Gabriel ser aprovado no curso que queria. A gente nunca competiu entre nós dois. Eu sempre gostei de letras; era o que eu desejava estudar.”

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Tópicos: medicina, giovanna, gabriel