Estudante Autista Piauiense é finalista da FEBRACE

30/01/2021 17h01


Fonte SEDUC/PI


Aluno do segundo ano do ensino médio do Centro de Ensino de Tempo Integral (CETI) Didácio Silva, Pedro Henrique Dias da Silva está na final da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE), com o artigo "Metodologias Ativas como ferramentas de inclusão ao aluno com TEA, nas aulas de matemática durante a Pandemia do Covid19. Gameficação: "Peter Galactic no Mundo da Matemática".

Um dos objetivos da feira é estimular novas vocações em Ciências e Engenharia através do desenvolvimento de projetos criativos e inovadores.

Filho de mãe vendedora e pai motorista, Pedro é um aluno que possui o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) e, por conta disso, tem um déficit na comunicação social, não fala muito e, segundo a diretora da escola, Tetê Castro, ele tem dificuldade de socialização. "Apesar desse déficit, Pedro gosta e entende muito de tecnologia, e a robótica é justamente para trabalhar a socialização, pois os projetos realizados aqui na escola foram feitos em grupo, e assim exigiu dele um pouco mais de atenção", disse a diretora.



Seu trabalho foi orientado pela professora Sidiane Alves Cardoso e coorientado pelo professor Jackson Macêdo dos Santos, com a ideia de assimilar os conceitos de geometria e suas propriedades por meio da Gameficação, como ferramenta de ensino aprendizagem a partir de situações-problemas propostas pelo professor, que foi o responsável pela construção de conhecimentos matemáticos, na modalidade ensino remoto, durante a pandemia do Covid-19.

Para a professora Sidiane, utilizar as Tecnologias Educacionais nas aulas de Matemática durante o ensino remoto para alunos com Transtorno do Aspecto Autista é um desafio. "A síndrome compromete a socialização que é necessária para o processo ensino aprendizagem e, durante a Pandemia do Covid-19, as dificuldades de aprendizagem devido ao isolamento tornaram-se rotina, pois novas metodologias foram incorporadas ao Currículo Escolar e com o trabalho, Pedro teve um melhor resultado", afirma a orientadora.

De acordo com o artigo, as metodologias ativas foram incorporadas aos processos interativos de conhecimento, análise, estudos, pesquisas e decisões individuais ou coletivas, com a finalidade de encontrar soluções para um problema.

Com isso, o processo educacional foi de fundamental importância para auxiliar o processo do ensino da matemática. A partir daí, o professor Jackson Macêdo lançou o desafio em sala de aula para que utilizasse em seu conteúdo de Geometria uma metodologia ativa de aprendizagem e apresentasse em uma sala de aula virtual. Posteriormente teve a participação da Professora Orientadora da Sala de Recursos Multifuncionais e Informática, Sidiane Alves Cardoso, que adaptou os recursos tecnológicos como aplicativos andróid, tendo em vista que na escola há oferta dessa sala com ferramentas adaptadas para alunos autistas.

O trabalho foi apresentado como uma gameficação utilizando animação, avatar e personagens digitais com vozes específicas, movimento corporal, dando vida aos desenhos feitos inicialmente em croquis a lápis e papel. O vídeo do estudante foi apresentado em uma aula remota e como ficou muito bom, a professora de robótica sugeriu que o mesmo fosse inscrito na FEBRACE, de onde conseguiu ser finalista.

FEBRACE

Feira Brasileira de Ciências e Engenharia é um movimento nacional de estímulo ao jovem cientista, que todo ano realiza na Universidade de São Paulo uma grande mostra de projetos.

A FEBRACE assume um importante papel social incentivando a criatividade e a reflexão em estudantes da educação básica, através do desenvolvimento de projetos com fundamento científico, nas diferentes áreas das ciências e engenharia.

Desenvolvemos o ano todo ações de incentivo à cultura investigativa, de inovação e empreendedorismo em nosso país.


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Tópicos: ensino, projetos, febrace