Morte de Preta Gil: como funciona o translado de corpos do exterior para o Brasil

21/07/2025 11h45


Fonte G1 Cultura

 Imagem: Reprodução
Morte de Preta Gil: como funciona o translado de corpos do exterior para o Brasil(Imagem:Reprodução)Morte de Preta Gil: como funciona o translado de corpos do exterior para o Brasil

Após a morte de Preta Gil em Nova York, onde estava para tratamento de um câncer de intestino, Gilberto Gil, pai da cantora, divulgou uma nota avisando que a família está organizando a repatriação do corpo da artista.

O traslado é o transporte de um corpo ou restos mortais de uma pessoa de um local para outro, como vai ser o caso de Preta, que será transportada dos Estados Unidos para o Brasil. Trata-se de um procedimento que exige cuidados especiais.

O traslado de corpos depende da legislação do país onde a pessoa morreu e o meio de transporte que será utilizado. A transferência de corpos de brasileiros que falecem nos Estados Unidos para o Brasil envolve uma série de etapas burocráticas e pode custar caro.

Em 2025, os valores ultrapassam os R$ 50 mil, dependendo da distância, do tipo de transporte e dos serviços funerários contratados.

Procedimentos obrigatórios
O primeiro passo é comunicar o falecimento ao consulado brasileiro mais próximo. O órgão orienta a família sobre os documentos necessários e emite a Certidão de Registro Consular de Óbito, essencial para o processo de repatriação.

Entre os documentos exigidos estão:
  • Certidão de óbito emitida nos EUA;
  • Tradução juramentada da certidão;
  • Laudo de embalsamamento (obrigatório para transporte internacional);
  • Autorização para transporte do corpo;
  • Passaporte do falecido.
Além disso, é necessário contratar uma funerária especializada em traslados internacionais, que será responsável pela preparação do corpo, embalsamamento, escolha do caixão adequado e transporte aéreo.

O corpo é transportado geralmente em voos comerciais, como carga especial, ou em voos fretados, dependendo da situação.

O custo total do traslado pode variar bastante. O valor inclui taxas consulares, serviços funerários, transporte terrestre e aéreo, além de despesas com documentação.

Como tem funcionado o traslado de corpos para o Brasil
Em julho, o presidente Lula alterou um decreto que impedia o governo federal de custear para o Brasil o translado de cidadãos mortos no exterior.

Segundo a nova regra, fatores como dificuldades financeiras e mortes que causam comoção são exceções e podem ser pagas pelo Ministério das Relações Exteriores.

O texto estabelece as seguintes exceções:

A família comprovar incapacidade financeira para o custeio das despesas com o translado;
As despesas com o translado não estiverem cobertas por seguro da pessoa que morreu;
O falecimento ocorrer em circunstâncias que causem comoção; e
Houver disponibilidade orçamentária e financeira.

Até então, a legislação sobre as situações em que os cidadãos brasileiros têm direito à assistência consular fora do país estabelecia que o apoio incluía o acompanhamento em casos de acidentes, hospitalização, falecimento e prisão no exterior.

No entanto, a norma deixava claro que o governo federal não arcava com despesas relacionadas ao sepultamento e translado de corpos de cidadãos falecidos no exterior, nem com custos de hospitalização.


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Tópicos: corpo, transporte, despesas