Mônica Salmaso chega aos 50 anos entre as grandes cantoras do Brasil

27/02/2021 18h41


Fonte G1

Imagem: Patrícia PivetaApós pedido do MP, prefeitura de Londrina veta jogos no Estádio do Café até o dia 8 de março(Imagem:Patrícia Piveta)Após pedido do MP, prefeitura de Londrina veta jogos no Estádio do Café até o dia 8 de março

Nascida em 27 de fevereiro de 1971, na cidade de São Paulo (SP), Mônica Salmaso Pinheiro chega hoje aos 50 anos com lugar já garantido no templo das grandes cantoras do Brasil. Tivesse surgido nos anos 1960 ou 1970, décadas do apogeu da música rotulada como MPB, Mônica Salmaso certamente seria idolatrada como as maiores estrelas reveladas naquela época.

Como entrou em cena bem mais tarde, em 1989, gravando discos somente a partir de 1995, Salmaso é reverenciada no nicho dos seguidores de uma MPB já empurrada há tempos para as margens do mercado fonográfico.

Intérprete de grande rigor técnico, mas capaz de atingir profundas regiões emocionais com o canto límpido e luminoso, Salmaso vem construindo na música brasileira obra que guarda certa similaridade com a discografia da cantora norte-americana Ella Fitzgerald (1917 – 1996) no universo do jazz.

Em bom português, Salmaso vem se tornando cada vez mais uma cantora de songbooks, dedicando discos e shows às obras de um ou dois compositores específicos. No estúdio e/ou no palco, a artista já deu voz às obras de Baden Powell (1937 – 2000) com Vinicius de Moraes (1913 – 1980), Chico Buarque, Dorival Caymmi (1914 – 2008), Guinga com Paulo César Pinheiro – no sublime Corpo de baile (2014), álbum que gerou show estreado em 2015 e perpetuado em DVD editado em 2018 – Milton Nascimento e Wilson Baptista (1913 – 1968).

Mesmo quando diversifica o repertório, como nos álbuns Voadeira (1999) e Iaiá (2004), Mônica Salmaso se movimenta dentro de universo particular pautado pela sofisticação. Pelo canto rigoroso, a intérprete já se afinou com o Quarteto Maogani e com o Quinteto da Paraíba, sempre no tom da melhor música produzida no Brasil.

Basta ouvir o (por ora) último álbum da cantora – Caipira (2017), disco em que a artista redimensionou o conceito de música caipira – para atestar a beleza e a inteligência da voz da (a partir de hoje) cinquentenária Salmaso. O canto da intérprete é uma das mais perfeitas traduções da alma lírica da canção brasileira.

Mônica Salmaso é uma cantora que nem todo mundo conhece, mas que é fervorosamente admirada por todo mundo que a conhece pelo raro esplendor vocal.

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