Maria Gadú afirma a identidade ao dar voz a canções alheias no álbum Quem sabe isso quer dizer amor

05/12/2021 13h05


Fonte G1

Imagem: ReproduçãoJá o canto de Coisas da vida (1976) mixa inquietude e doçura em abordagem reverente ao registro original de Rita Lee enquanto a música-título Quem sabe isso quer dizer amor (Lô Bor(Imagem:Reprodução)
 Quarto álbum de estúdio de Maria Gadú, Quem sabe isso quer dizer amor é e não é o disco de canções que os seguidores da cantora e compositora paulistana esperam desde o álbum blockbuster de 2009.

Gadú vem de já longínquo disco de estúdio autoral, Guelã (2015), em que procurou fugir do formato tradicional da canção popular entre sons e silêncios inesperados.

Guelã simbolizou o voo livre de artista que decidiu descontruir o sucesso massivo após ter tido a imagem triturada no olho do furacão pop no início dos anos 2000.

Disco lançado na véspera do aniversário de 35 anos dessa cantora, compositor e multi-instrumentista nascida em 4 de dezembro de 1986, como exposto na capa criada por Gadú com Lua Leça e Rebeca Brack, Quem sabe isso quer dizer amor reconcilia Gadú com a canção ao mesmo tempo em que mostra que a artista continua no comando.

O disco justifica o uso da expressão-clichê íntimo e pessoal porque foi gravado (entre julho 2019 e setembro de 2021) com produção musical orquestrada pela própria Gadú com a colaboração de Big Rabello e Felipe Roseno. Multi-instrumentista, Gadú toca todos os instrumentos ouvidos ao longo das 12 faixas do álbum.

Nesse sentido, Quem sabe isso quer dizer amor não é o disco que vai repor Gadú no topo das playlists porque trata-se de imersão da artista em universo bem particular, sem concessão aos padrões da música rotulada genericamente como pop.

Por outro lado, Quem sabe isso quer dizer amor é, sim, disco mais acessível do que Guelã porque, entre as 12 músicas de lavras alheias, há canções que pedem para serem cantadas. É o caso de O sal da terra (Beto Guedes e Ronaldo Bastos, 1981), música lançada há 40 anos que soa ainda mais atual em 2021, funcionando com a trilha da esperança de um mundo que precisa ser reconstruído com base na fraternidade.

Disco lançado na véspera do aniversário de 35 anos dessa cantora, compositor e multi-instrumentista nascida em 4 de dezembro de 1986, como exposto na capa criada por Gadú com Lua Leça e Rebeca Brack, Quem sabe isso quer dizer amor reconcilia Gadú com a canção ao mesmo tempo em que mostra que a artista continua no comando.

O disco justifica o uso da expressão-clichê íntimo e pessoal porque foi gravado (entre julho 2019 e setembro de 2021) com produção musical orquestrada pela própria Gadú com a colaboração de Big Rabello e Felipe Roseno. Multi-instrumentista, Gadú toca todos os instrumentos ouvidos ao longo das 12 faixas do álbum.

Nesse sentido, Quem sabe isso quer dizer amor não é o disco que vai repor Gadú no topo das playlists porque trata-se de imersão da artista em universo bem particular, sem concessão aos padrões da música rotulada genericamente como pop.

Por outro lado, Quem sabe isso quer dizer amor é, sim, disco mais acessível do que Guelã porque, entre as 12 músicas de lavras alheias, há canções que pedem para serem cantadas. É o caso de O sal da terra (Beto Guedes e Ronaldo Bastos, 1981), música lançada há 40 anos que soa ainda mais atual em 2021, funcionando com a trilha da esperança de um mundo que precisa ser reconstruído com base na fraternidade.

Disco lançado na véspera do aniversário de 35 anos dessa cantora, compositor e multi-instrumentista nascida em 4 de dezembro de 1986, como exposto na capa criada por Gadú com Lua Leça e Rebeca Brack, Quem sabe isso quer dizer amor reconcilia Gadú com a canção ao mesmo tempo em que mostra que a artista continua no comando.

O disco justifica o uso da expressão-clichê íntimo e pessoal porque foi gravado (entre julho 2019 e setembro de 2021) com produção musical orquestrada pela própria Gadú com a colaboração de Big Rabello e Felipe Roseno. Multi-instrumentista, Gadú toca todos os instrumentos ouvidos ao longo das 12 faixas do álbum.

Nesse sentido, Quem sabe isso quer dizer amor não é o disco que vai repor Gadú no topo das playlists porque trata-se de imersão da artista em universo bem particular, sem concessão aos padrões da música rotulada genericamente como pop.

Por outro lado, Quem sabe isso quer dizer amor é, sim, disco mais acessível do que Guelã porque, entre as 12 músicas de lavras alheias, há canções que pedem para serem cantadas. É o caso de O sal da terra (Beto Guedes e Ronaldo Bastos, 1981), música lançada há 40 anos que soa ainda mais atual em 2021, funcionando com a trilha da esperança de um mundo que precisa ser reconstruído com base na fraternidade.

Já o canto de Coisas da vida (1976) mixa inquietude e doçura em abordagem reverente ao registro original de Rita Lee enquanto a música-título Quem sabe isso quer dizer amor (Lô Borges e Marcio Borges, 2002) gira com pausas e climas que dão outra dinâmica a essa canção de grande poder de sedução.

Sem se render aos sucessos de luaus e karaokês, Gadú somente soa óbvia quando reconta a saga de João de Santo Cristo em Faroeste caboclo (Renato Russo, 1987) – faixa que ultrapassa os dez minutos – sem nada acrescentar à gravação da banda Legião Urbana.

Essa obviedade passa ao largo da escolha da canção Este amor (1989), composição de Caetano Veloso – artista com quem Gadú fez turnê pelo Brasil entre 2010 e 2011 no auge da popularidade – pouco lembrada, tendo sido regravada somente pelas cantoras Vânia Bastos e Regina Machado, em 1992 e 2000, respectivamente.

Outra surpresa é Abololô (Marisa Monte e Lucas Santtana, 2000). Música até então nunca regravada desde que foi apresentada por Marisa Monte no álbum Memórias, crônicas e declarações de amor – Textos, provas e desmentidos (2000), Abololô adensa o disco ao versar sobre ausências e vazios provocados pela saudade em gravação assentada sobre base percussiva.

Já o canto de Coisas da vida (1976) mixa inquietude e doçura em abordagem reverente ao registro original de Rita Lee enquanto a música-título Quem sabe isso quer dizer amor (Lô Borges e Marcio Borges, 2002) gira com pausas e climas que dão outra dinâmica a essa canção de grande poder de sedução.

Sem se render aos sucessos de luaus e karaokês, Gadú somente soa óbvia quando reconta a saga de João de Santo Cristo em Faroeste caboclo (Renato Russo, 1987) – faixa que ultrapassa os dez minutos – sem nada acrescentar à gravação da banda Legião Urbana.

Essa obviedade passa ao largo da escolha da canção Este amor (1989), composição de Caetano Veloso – artista com quem Gadú fez turnê pelo Brasil entre 2010 e 2011 no auge da popularidade – pouco lembrada, tendo sido regravada somente pelas cantoras Vânia Bastos e Regina Machado, em 1992 e 2000, respectivamente.

Outra surpresa é Abololô (Marisa Monte e Lucas Santtana, 2000). Música até então nunca regravada desde que foi apresentada por Marisa Monte no álbum Memórias, crônicas e declarações de amor – Textos, provas e desmentidos (2000), Abololô adensa o disco ao versar sobre ausências e vazios provocados pela saudade em gravação assentada sobre base percussiva.


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