Makely Ka segue, no toque da viola, o curso de rios mineiros e baianos

22/04/2022 10h53


Fonte G1

Imagem: ReproduçãoMakely Ka segue, no toque da viola, o curso de rios mineiros e baianos(Imagem:Reprodução)
  Nascido no Piauí, precisamente em Valença do Piauí (PI), município onde veio ao mundo em setembro de 1975, Makely Ka é compositor, poeta, cantor e violonista que decidiu explorar a sonoridade da viola de dez cordas no álbum instrumental Rio aberto.

No disco, lançado em CD e em edição digital pela gravadora Kuarup, Makely segue os cursos dos rios que visitou em rota que o levou aos sertões mineiro e baiano a partir de viagem pelo Vale do Urucuia, situado no noroeste do estado de Minas Gerais. O álbum Rio aberto alude no título à afinação “sol aberto”, usada pelos violeiros da região e apelidada de “rio abaixo”.

Tributo de Makely a músicos como Almir Sater, Heraldo do Monte, Ivan Vilela, Renato Andrade (1932 – 2005) e Tavinho Moura, todos de notória habilidade no toque da viola, o disco Rio aberto integra a Trilogia dos sertões.

Tavinho Moura, a propósito, é o autor do único tema gravado por Makely fora do curso autoral do artista piauiense, Encontro das águas, composição lançada no toque de Almir Sater em disco instrumental de 1990.

Das 13 músicas que compõem o repertório do álbum Rio aberto, doze são autorais, tendo sido batizadas com nomes de cursos d’água que conectam elementos da geografia, da história e da literatura do Brasil, ligando, por exemplo, o grande sertão de Guimarães Rosa (1908 – 1967) aos sertões de Euclides da Cunha (1866 – 1909) em rota que abarca o universo mítico do menestrel baiano Elomar.

Dez dessas doze músicas – Carinhanha, Jequitaí, Paracatu, Paraopeba e Urucuia, entre outras cinco – carregam nomes de afluentes do Rio São Francisco. As outras duas, Doce e Vaza-Barris, se referem a rios que desaguam direto no mar.

Uns e outros são rios que trançam o coração do Brasil sintetizado no disco Rio aberto no toque das dez cordas da viola de Makely Ka.

O álbum Rio aberto é o segundo título da Trilogia dos sertões, iniciada há oito anos pelo artista com o disco Cavalo motor (2014) e prevista para ser finalizada em data ainda incerta com o álbum Triste entrópico.


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Tópicos: aberto, disco, makely