Fotógrafa Marisa Alvarez Lima deixa imagens icônicas em discos de Gal Costa e Maria Bethânia

17/03/2022 11h07


Fonte G1

Imagem: ReproduçãoA propósito, a capa de Alteza, álbum de 1981, expõe a cantora em imagem feita pela fotógrafa para o livro de arte Maria Bethânia. Esse livro de fotografias foi publicado por Marisa(Imagem:Reprodução)
 OBITUÁRIO – Fotógrafa e jornalista de origem catarinense que morreu na madrugada de hoje, aos 87 anos, em decorrência de complicações de câncer no intestino, Marisa Alvarez Lima (28 de outubro de 1936 – 16 de março de 2022) é nome incontornável no acervo iconográfico das cantoras baianas Gal Costa e Maria Bethânia.

Também ligada à Tropicália, movimento pop que cobriu em textos escritos entre 1967 e 1968 para as revistas A Cigarra e O Cruzeiro, Marisa Alvarez Lima nasceu em Laguna (SC) e saiu de cena no Rio de Janeiro (RJ), cidade que escolheu para viver e onde registrou imagens eternizadas em capas e encartes de discos de Gal, Bethânia e também de cantores como Ney Matogrosso e Zezé Motta.

De Gal, há fotos de Marisa nas capas de álbuns como Caras & bocas (1977) – cujo ensaio fotográfico do encarte está reproduzido ao alto – e Água viva (1978). Já Bethânia foi fotografada por Marisa para as capas de álbuns como Álibi (1978), Mel (1979) e Talismã (1980).

A propósito, a capa de Alteza, álbum de 1981, expõe a cantora em imagem feita pela fotógrafa para o livro de arte Maria Bethânia. Esse livro de fotografias foi publicado por Marisa no mesmo ano de 1981.

Quinze anos depois, em 1996, a fotógrafa lançaria outro livro, Marginália – Arte & cultura na Idade da Pedrada, coletânea de textos sobre a Tropicália publicados originalmente entre 1967 e 1968 em revistas da época. “É um livro apaixonado”, caracterizou a autora no texto de apresentação de Marginália.

Embora o nome de Marisa Alvarez Lima fique mais associado à fotografia, pela expressividade de imagens como as expostas em 1978 na capa do primeiro álbum solo de Zezé Motta e na do LP Feitiço de Ney Matogrosso, o trabalho da jornalista entre fins dos anos 1960 e início dos 1970 também é relevante.

Basta citar o relato exclusivo da prisão domiciliar de Caetano Veloso na Bahia, em 1969, escrito para a revista O Cruzeiro.

Em suma, Marisa Alvarez Lima foi icônica como as muitas fotos de Gal Costa e Maria Bethânia eternizadas em discos e livros.


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