Elza Soares volta a sofrer a dor materna de O meu guri, após 25 anos, em single de álbum póstumo

19/04/2022 10h59


Fonte G1

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Elza Soares volta a sofrer a dor materna de O meu guri, após 25 anos, em single de álbum póstumo(Imagem:Reprodução)
Em 1997, quando fez mais um movimento de renascimento artístico com a gravação do álbum Trajetória, com produção musical de José Milton, Elza Soares (1930 – 2022) gravou pela primeira vez O meu guri (1981), música de Chico Buarque.

Samba apresentado em disco há 41 anos na voz de Cristina Buarque, em gravação do álbum Cristina (1981) que chegou ao mercado fonográfico antes do registro feito pelo compositor para o álbum Almanaque (1981), O meu guri ganhou dilacerante registro fonográfico de Elza nessa gravação de 1997 em que a cantora carioca pareceu ter revivido a dor de ter perdido três filhos (dois recém-nascidos, vítimas de desnutrição, e um já pré-adolescente em acidente de carro).

Ao dar voz à mãe aparentemente inconsciente dos caminhos seguidos pelo filho na criminalidade, personagem fictícia criada por Chico Buarque com a habitual sensibilidade de cronista social, Elza tomou O meu guri para si, se apropriando da dor materna e da canção cuja narrativa tem desfecho trágico.

Decorridos 25 anos, quando voltou a cantar O meu guri na gravação do álbum Elza ao vivo no Municipal, captado pela artista em 17 e 18 de janeiro deste ano de 2022 no Theatro Municipal de São Paulo, a artista já tinha perdido um quarto filho, Gilson Soares, morto em julho de 2015 em decorrência de complicações de infecção urinária.

É esse inédito registro ao vivo de O meu guri que chega ao mundo digital em single agendado para sexta-feira, 22 de abril, pela gravadora Deck. O single Meu guri é a primeira amostra do álbum Elza ao vivo no Municipal, programado para ser lançado em 13 de maio.

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Tópicos: registro, buarque, guri