Como estudar para concursos: confira os 4 erros mais cometidos pelos candidatos

29/08/2025 22h12

Fonte meionews

A busca por estabilidade financeira, bons salários e benefícios leva milhares de brasileiros a estudar para concursos públicos.

Em 2024, segundo o Censo dos Concursos da plataforma Qconcursos, foram lançados mais de 13 mil certames, um aumento de 30% em relação a 2023.

Entre os destaques, a primeira edição do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), o "Enem dos Concursos", ofereceu 6.640 vagas e registrou 2,14 milhões de inscritos, um recorde no Brasil, criada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.

Estudar para concursos públicos pode ser desafiador: não saber por onde começar, falta de rotina e pressão por bons resultados dificultam a preparação e até a aprovação.

Especialistas entrevistados pela BBC News Brasil apontam erros comuns que levam muitos a desistir e dão dicas para organizar os estudos.

Erro 1: Não entender particularidades dos concursos

Para iniciantes, entender o mundo dos concursos é um desafio, segundo especialistas. Diferente de um vestibular, um órgão pode levar 5 a 15 anos para realizar um concurso, passando por várias etapas, da autorização ao edital.

Os concursos são divididos em áreas como fiscal, jurídica, administrativa, policial e bancária, cada uma exigindo planejamento específico.

Segundo Victor Tanaka, o estudante deve escolher a área adequada, avaliar sua aptidão e evitar estudar de forma aleatória. Recomenda-se conteúdos online e vídeos de aprovados para se familiarizar com cada área.

Eduardo Cambuy alerta que tentar aproveitar todos os editais é um erro comum: a falta de foco diminui a competitividade, pois não permite preparação adequada para oportunidades específicas.

Erro 2: Administrar mal o tempo

Um passo fundamental para concursos é planejar os estudos, considerando tempo disponível, período até a prova, matérias e seu nível de dificuldade.

Especialistas alertam que estudar muitas horas seguidas e não ter rotina definida são erros comuns. Segundo Tanaka, é melhor ter 2h a 3h diárias do que 10h em um único dia, evitando fadiga e perda de motivação.

Cambuy recomenda organização: mapear atividades diárias permite encontrar brechas para estudo, conciliando com trabalho, mantendo uma média de 3h-4h por dia.

O planejamento também inclui definir estratégias de estudo. Tanaka destaca que cada área tem um conjunto básico de matérias que cai em 80% dos concursos. Estudar esse ciclo básico, aliado a questões de prova e revisão, mantém o estudante em alto nível.

Erro 3: Não se preparar para o médio a longo prazo

O planejamento financeiro e mental é fundamental para concurseiros, especialmente para quem abriu mão do trabalho para estudar.

Segundo Tanaka, passar em um concurso público é um processo de médio a longo prazo, sendo essencial ter reserva financeira para evitar ansiedade e desespero.

O concurseiro deve estar preparado para que a conquista da vaga possa demorar, podendo tentar duas ou três vezes. Sem preparo mental, é provável que desista antes de alcançar o objetivo.

Erro 4: Esperar publicação do edital para estudar

Alguns esperam o edital para começar a estudar, mas ele geralmente sai 90 dias antes da prova, prazo insuficiente para aprender todas as matérias.

Segundo Cambuy, esse período é a reta final, usado para ajustar detalhes, fazer revisão e questões de prova.

Mesmo sem edital, especialistas recomendam estudar matérias comuns e provas antigas.

Para Tanaka, o prazo ideal varia por área, mas geralmente é de no mínimo um ano, exceto em concursos menos complexos, como policial, que podem exigir seis meses, enquanto área fiscal exige pelo menos um ano de estudo.

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