Juliana Alves abre o coração sobre voltar ao posto de rainha de bateria da Unidos da Tijuca
16/06/2025 09h21Fonte Revista Quem
Imagem: Guilherme Lima/Instagram @julianaalves
Juliana Alves

Juliana Alves, de 43 anos, é uma amante do Carnaval e de 2012 a 2018 reinou à frente da Pura Cadência, a bateria da Unidos da Tijuca, no Rio. Na sua saída, revelou que seguia tijucana, mas a escola precisava do posto por questões financeiras, e esteve afastada do pavilhão azul e amarelo do Borel por sete anos, até 2025, quando assumiu a coroa da agremiação e abriu o desfile deste ano. Lexa, então rainha de bateria da escola, precisou deixar o posto por questões de saúde e ele segue vago até então.
No Carnaval de 2026, a Unidos da Tijuca vai contar na Marquês de Sapucaí a história de uma das personagens mais aclamadas por pessoas negras do país, a escritora Maria Carolina de Jesus. Quando o enredo foi anunciado, o nome da atriz e rainha da escola foi um dos mais comentados para que ocupasse novamente a coroa que já foi sua. Em entrevista para a Quem, ela falou sobre sua relação com a agremiação.
Imagem: Guilherme Lima/Divulgação
Juliana Alves

"A nossa escola, alguma maneira, tem feito um movimento de reconexão com as camadas mais populares e Carolina Maria de Jesus é realmente um ícone que merece ser mais conhecido pelas pessoas. É muito inspiradora, uma mulher negra potente e que, infelizmente, o sucesso dela maior foi após sua morte. Mas que bom que tem uma escola de samba que vai poder promover essa poesia, essa arte, estou muito emocionada", conta.
Feliz, Juliana contou que tem visto o movimento dos membros da escola "florescer de uma maneira diferente". "O Carnaval ele promove muitas realizações, muitas alegrias pra gente, e certamente esse enredo é uma vitória muito grande para as camadas populares, pra nossa cultura. Sei que parece pouco, mas uma manifestação cultural onde as pessoas estão emocionadas pode influenciar muito mais na transmissão de cultura do que um curso e vai ser lindo", completa.
Imagem: Daniel Pinheiro/BrazilNews
Juliana Alves

A agremiação ficou em nono lugar na apuração de 2025, com o enredo Orixá Logun-Edé: Santo Menino Que Velho Respeita. "Sabemos que o julgamento poderia ter sido melhor e acredito que a gente tá se fortalecendo cada vez mais para que tenhamos um julgamento justo, baseado no que a gente realmente fez na avenida. O julgamento tem que ser baseado no que a escola está fazendo e assim espero que as coisas se ajustem", afirma.
Rainha da agremiação em 2025, Juliana desconversa sobre seu lugar no desfile para 2026. "Não tenho posto. Estou lá e é isso. Já provei para todo mundo que a minha questão lá não é com posto, é estar lá, estar presente, contribuir. Já falei lá no barracão que sou a escola. O que a escola precisar, vou fazer", diz.
Imagem: Daniel Pinheiro/BrazilNews
Juliana Alves no Carnaval de 2025.

"Para além de atriz, além de uma pessoa pública, sou uma ativista. Ao mesmo tempo que não me envaideço, também não fujo da responsabilidade. A comunidade pede, a gente sabe que a comunidade pede, mas sei que tem outras coisas envolvidas. Então, não vou falar pra você: Ah, não, eu não almejo esse posto. Não. Esse posto é um posto importante de representatividade. É um posto que merece ser ocupado de maneira responsável", destaca.
Juliana aponta que, entre quase 4 mil componentes que entram e saem da Marquês de Sapucaí, o que não falta é posição. "A escola de samba tem espaço para todo mundo, a gente sabe, mas tenho uma questão com a bateria muito especial. Acho que é uma é uma posição importante, significativa, e as escolas têm que cada uma decidir o que é melhor pra escola naquele ano. Mas a comunidade sabe que eu estou ali, independentemente de qualquer coisa, e fortalecendo a escola da maneira que eu puder", conclui.
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