Irmão de Luciano Huck, Fernando Grostein diz que foi estuprado duas vezes

01/09/2022 14h23


Fonte meionorte.com

Imagem: ReproduçãoClique para ampliarFernando Grostein e o irmão Luciano Huck(Imagem:Reprodução)Fernando Grostein e o irmão Luciano Huck

Fernando Grostein, irmão de Luciano Huck, revelou em entrevista à revista Piauí que foi estuprado duas vezes e foi forçado por amigos a transar com uma mulher para perder a virgindade.

Ele ainda afirmou que foi sequestrado por um garoto de programa quando ainda não falava sobre a sua sexualidade.

A entrevista foi feita pelo jornalista João Batista Jr, a quem Grostein confidenciou o seguinte: a primeira agressão aconteceu durante uma festa em uma boate, quando ele tinha apenas 14 anos de idade.

“Eu era um adolescente com traços bastante andróginos. Quando tinha 14 anos, durante uma festa em uma boate, homens me seguraram à força e penetraram meu ânus com o dedo. Desde então, passei a anular o meu modo de ser: empostava a voz, para fazê-la mais grossa, e me reprimia na hora de caminhar, para parecer mais masculino", disse.

Segundo Grostein, o primeiro estupro ocorreu após uma reportagem da Globo sobre a sua paixão por flores. "Foi uma matéria linda sobre um menino que cultivava plantas para escapar da dor do luto. Fiquei feliz e orgulhoso, mas houve um efeito colateral: a reportagem virou a minha vida de ponta-cabeça. Passei a ser chamado de florzinha na escola. A minha voz e meu jeito de andar foram alvos de piada", recordou.  

O segundo crime aconteceu quando ele tinha 28 anos. “Porém, sobre este episódio não consigo falar ainda".

Ainda sobre os crimes sexuais, Fernando refletiu sobre homofobia e como tem tentado superar as questões. "Há vários modos de matar um gay" é o título do material na revista, que está disponível na íntegra.

"Existem várias maneiras de matar um gay. Você pode matar um gay agredindo-o fisicamente ou tirando a dignidade dele, a ponto de não reconhecer seu próprio desejo como legítimo. Na adolescência, tive um grande amigo que também foi uma paixão. O máximo que conseguimos fazer foi nos masturbarmos um diante do outro, sem nos encostarmos. Depois de ejacular, apagamos a luz. Nunca mais tivemos coragem de falar nesse assunto. Às vezes, ele aparecia na minha casa sem avisar e ficava em silêncio. Poucos anos depois, meu amigo se matou. Não suportou a homofobia", disse.
 

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