Diretor de filmes sobre Richthofen fala de Carla Diaz: "Em frente às câmeras, parecia possuída"

11/03/2021 15h54


Fonte Revista Marie Claire

Imagem: Stella Carvalho/DivulgaçãoCarla Diaz(Imagem:Stella Carvalho/Divulgação)Carla Diaz

Confinada no Big Brother Brasil e no ar na reprise de A Força do Querer, Carla Diaz tem pelo menos mais duas produções para estrearem esse ano: os filmes A Menina que Matou os Pais e O Menino que Matou Meus Pais, rodados simultaneamente e sobre o assassinato do casal Richthofen, que chocou o Brasil em 2002.

Os filmes são baseados nos depoimentos de Suzane von Richthofen - interpretada por Carla - e do então namorado Daniel Cravinhos, autores confessos do crime, mas que se contradizem em alguns aspectos.

Os longas estavam marcados para estrear juntos em abril de 2020, mas foram adiados por conta da pandemia do novo coronavírus, inéditos até hoje. A estreia deve acontecer ainda em 2021.

Em conversa com Marie Claire, Mauricio Eça, diretor dos filmes, compartilhou detalhes da personalidade de Carla e do processo de transformação dela em Suzane durante um período de três meses em que conviveram intensamente.

“Buscamos atrizes que tivessem vontade de fazer a personagem e com características físicas parecidas com as dela. Precisava ser talentosa e estar muito afim, porque não é um personagem fácil. Convidamos algumas atrizes, conhecidas e desconhecidas, para um teste. No teste da Carla, já tive a sensação de que era ela. Ela personificou muito rápido, colocou a alma e fez como eu imaginava. Depois fomos conversar para saber o quanto ela estava disposta a se entregar, e foi espontânea, disse que era importante para a carreira e um grande desafio de vida, se disponibilizou totalmente”, conta.

“É uma história densa, difícil, fizemos com muito respeito porque há vítimas em tudo o que aconteceu”, diz ele. “Tentamos fazer as filmagens serem o mais leves possível. Cenas difíceis exigiam muita concentração. O julgamento foi difícil para a Carla, mexeu muito com ela”, lembra. “Plenário cheio de figurantes, muita exposição. Tinha dias em que ela saía destruída, porque era muito intenso, mas é uma atriz que sabe a hora de se concentrar e de relaxar. E não é aquela atriz que você não pode brincar antes de filmar, ela dosa as emoções numa boa, é equilibrada. Por ter essa leveza, tirou de letra. As cenas do dia do crime também são muito fortes.”

Mauricio destaca que os dois filmes foram feitos ao mesmo tempo, então muitas vezes Carla precisou repetir cenas atuando de maneiras completamente diferentes. “Ela estava emocionalmente preparada. A alegria dela tirava um pouco da densidade dos bastidores, mas em frente à câmera parecia possuída. Ela é muito intuitiva também.”

Na construção da personagem, Carla não teve nenhum contato com Suzane. Uma das roteiristas, Ilana Casoy, que é criminóloga e participou do julgamento, foi a principal fonte. “Fizemos uma imersão com muita conversa”, diz Mauricio. A preparadora de elenco Larissa Bracher teve como foco principal construir entre os atores as relações das famílias. “O filme parte de uma história de amor, então são muitos aspectos, todos muito intensos.”

“A Carla não tentou ser igual à Suzane, era uma busca do que era real para ela, mas acabaram vindo coisas parecidas, é difícil explicar”, elabora Mauricio.

O diretor contou também que tem acompanhado Carla no BBB 21. “Ela é leve, é uma atriz e mulher muito inteligente”, diz. Sobre o prêmio, ele acredita que algumas características podem levar Carla à vitória: “Alegria, doçura, espontaneidade. Ela fala com o coração, e pode se arrepender, mas não faz por mal. Quer cuidar das pessoas, quer ajudar, está disponível para o outro, não só para si mesma.”

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Tópicos: filmes, personagem, carla