Ao revelar aborto espontâneo, Meghan Markle diz que, apesar de comum, perda ainda é tabu

25/11/2020 18h24


Fonte Folha press

Imagem: ReproduçãoClique para ampliarAo revelar aborto espontâneo, Meghan Markle diz que, apesar de comum, perda ainda é tabu(Imagem:Reprodução) 
Meghan Markle, a duquesa de Sussex, 39, revelou nesta quarta (25) em um artigo escrito por ela e publicado no jornal New York Times que sofreu um aborto espontâneo em julho. Ela é casada desde 2018 com o príncipe Harry, duque de Sussex.

Definindo-se como "mãe, feminista e defensora" na assinatura do texto, Meghan conta que, em uma manhã de julho, depois de trocar as fraldas de seu filho, Archie, 1, sentiu fortes cólicas, caiu no chão com a criança no colo e ficou cantando uma música de ninar para tentar manter os dois calmos.

"Eu sabia, enquanto segurava meu primeiro filho, que estava perdendo meu segundo", escreveu.

Meghan conta que, horas depois, estava deitada em uma cama de hospital, segurando e beijando a mão de seu marido, molhada com as lágrimas dos dois. "Imaginava como nós dois nos recuperaríamos."

No texto, intitulado "The losses we share" (As perdas que compartilhamos), ela diz que a perda de um filho carrega uma mágoa quase insuportável, vivida por muitos mas falada por poucos. E que ela e o marido descobriram que, de cada cem mulheres, de 10 a 20 terão sofrido um aborto. "Apesar de isso ser surpreendentemente comum, a conversa continua sendo um tabu."

Ela diz ainda que algumas pessoas compartilharam suas histórias de forma corajosa, sabendo que, quando uma pessoa fala a verdade, isso dá permissão para que outras façam o mesmo.

De acordo com estudos, até 20% das gestações podem evoluir para aborto antes de 20 semanas - dessas, 80% são interrompidas até a 12ª semana. O abortamento espontâneo geralmente envolve sentimentos de perda e culpa e pode trazer complicações para o sistema reprodutivo se não houver assistência médica adequada.

Segundo dados do UNA-SUS (Universidade Aberta do Sistema de Saúde Único), os principais fatores de risco para a perda são idade (o risco de aborto aumenta com o avanço da idade; pode chegar a 40% aos 40 anos e 80% aos 45 anos), antecedente de aborto espontâneo, tabagismo (tanto materno como paterno), consumo de álcool e drogas, uso de anti-inflamatórios não hormonais e pesos extremos (índice de massa corporal menor do que 18 ou maior do que 25).

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Tópicos: aborto, filho, meghan