Policiais federais suspendem paralisação prevista para esta quarta
22/10/2014 09h34Fonte G1
Policiais federais suspenderam nesta terça-feira (21) a paralisação de 72 horas que estava prevista para começar na manhã de quarta (22) em todo o país. Segundo a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), os presidentes dos sindicatos estaduais se reuniram por videoconferência durante a tarde e decidiram aguardar o resultado de uma reunião com o governo federal, marcada para o próximo dia 29.De acordo com a Fenapef, 18 das 24 unidades federativas que estavam mobilizadas na greve votaram a favor da suspensão temporária. Os sindicatos de São Paulo, Sergipe e Roraima não chegaram a declarar apoio à paralisação. Os policiais federais protestam contra a Medida Provisória 657, que estabelece benefícios para a carreira de delegado, como a exclusividade na nomeação para o cargo de diretor-geral.
O texto do Poder Executivo foi publicado no último dia 13. Segundo o presidente da Fenapef, Jones Leal, a medida interrompe uma negociação estabelecida desde 2012 entre governo e sindicatos e privilegia a carreira de delegado frente a outros cargos da corporação.
Imagem: Vianey Bentes/TV GloboClique para ampliar
PF utiliza caixões em protesto em frente ao Ministério da Justiça.
PF utiliza caixões em protesto em frente ao Ministério da Justiça.“O acordo que nós assinamos foi de que o governo não iria apresentar nenhum projeto de lei ou MP antes do segundo turno. Tudo isso estava correndo certinho até dez dias atrás quando, para nossa surpresa, a presidente soltou a MP 657 que fez com que toda a categoria se sentisse traída”, disse Leal.
Em nota assinada pelos ministérios da Justiça e do Planejamento e pela Casa Civil e divulgada nesta terça (21), o governo diz reiterar compromisso de “esclarecer que a Medida Provisória 657/2014 não altera os requisitos para ocupação dos cargos comissionados atualmente ocupados por agentes, escrivães, papiloscopistas, peritos e servidores administrativos da Polícia Federal” (veja íntegra abaixo).
No Distrito Federal, representantes da categoria levaram caixões para a frente do Ministério da Justiça na tarde desta terça (21) em protesto contra a MP 657. A decisão dos sindicatos estaduais foi divulgada menos de duas horas depois da manifestação.
“Com isso [o aceno positivo do governo], espera-se que seja retornado o equilíbrio na segurança pública”, afirmou ao G1 o presidente do sindicato do DF, Flávio Werneck. “Agora, nossa negociação é diretamente com a Casa Civil.”
(Colaborou Gabriel Luiz, do G1 DF)
Leia a íntegra da nota enviada pelos ministérios da Justiça e do Planejamento e pela Casa Civil da Presidência:
Nota de esclarecimento
À Federação Nacional dos Policiais Federais
Em atenção aos pleitos formulados por esta entidade, informamos que o governo federal reafirma o compromisso de valorização dos servidores que compõem a carreira Policial Federal e do Plano Especial de Cargos de Departamento de Polícia Federal.
Nesse sentido, reiteramos o compromisso de realizar todos os esforços possíveis para a aprovação da Medida Provisória 650/2014, cujo texto garante o reconhecimento do nível superior para todos os cargos da carreira Policial Federal, bem como assegura o reajuste salarial dos cargos de agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal.
Também reiteramos o compromisso de adotar medidas para esclarecer que o texto da Medida Provisória 657/2014 não altera os requisitos para ocupação dos cargos comissionados atualmente ocupados por agentes, escrivães, papiloscopiostas, peritos e servidores administrativos da Polícia Federal.
Por fim, assumimos concluir o mais rápido possível a discussão sobre atribuições dos cargos e reestruturação da carreira por meio dos grupos de trabalho técnicos compostos pelos representantes dos servidores do Departamento de Polícia Federal. Neste sentido, já agendamos reunião na próxima quarta-feira, dia 29/10, após a apreciação da Medida Provisória 650/2014 pelo Senado Federal, com a participação de representantes dos três órgãos signatários desta nota, para aprofundamento das discussões.
Ministério da Justiça, Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e Casa Civil da Presidência da República.
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