Suspeito de matar filho de oficial estava sob efeito de droga, diz polícia

02/03/2016 07h22


Fonte G1 PI

O delegado Francisco Barêtta afirmou, nesta terça-feira (1º), que o policial militar suspeito de matar o jovem Alan Lopes Rodrigues da Silva em um posto de combustível em Teresina estava sob efeito de drogas no dia do crime. Segundo o titular da Delegacia de Homicídios, exames feitos no investigado comprovaram uso de crack e bebida alcoólica.

"Temos prova do consumo de droga do policial horas antes do crime e que ele fez tudo premeditado, por motivação passional. Em depoimento, o suspeito alegou ter matado o filho do oficial de justiça porque agiu em legítima defesa, mas temos as imagens do circuito interno do local e testemunhas afirmando o contrário. Ele se abaixa para atirar, como se estivesse mirando no alvo, e não deu chance de defesa a vítima",
revelou.

O delegado informou enviar o inquérito à justiça nesta terça-feira e indiciar o suspeito por homicídio doloso. Durante as investigações, a Polícia Civil também descobriu antecedentes criminais do policial e que ele responde processo administrativo na Corregedoria da Polícia Militar por abuso de autoridade e agressão a uma pessoa em abordagem na cidade de Parnaguá, Sul do estado.

A agressão em Parnaguá foi registrada pelas câmeras de monitoramento de um estabelecimento comercial e o caso denunciado pelo G1 no dia 8 de dezembro de 2015.

"Este rapaz tem maus antecedentes, não sei como serve a polícia. Estamos investigando também a participação do suspeito em outro crime, já na cidade de Avelino Lopes. Não podemos citar detalhes, mas o caso também é grave e pode pesar na condenação do PM",
informou Barêtta.

Imagem: Reprodução/FacebookClique para ampliarVítima morreu com três tiros em posto de combustível.(Imagem:Reprodução/Facebook)Vítima morreu com três tiros em posto de combustível.

Entenda o caso

Alan Lopes Rodrigues da Silva, 26 anos, era filho de um oficial de justiça e foi assassinado a tiros por volta das 4h de sábado (20) dentro de um posto de combustíveis na Avenida João XXIII, na Zona Leste de Teresina.

Antes de ingressar na Polícia Militar, o suspeito trabalhava em uma farmácia junto com a namorada da vítima. Para Barêtta, o fato pode ter gerado ciúme e desencadeou a rixa, que motivou o homicídio.

“O policial suspeito de atirar chegou e forçou a entrada no estabelecimento de conveniência. Ele ainda chega a exibir a arma para uns funcionários e clientes. Logo depois, ele disparou conta a vítima. Foram três tiros, um acertou o pescoço e chegou a transfixar e outros dois acertaram as costas do jovem, que morreu na hora”,
relatou o delegado.

O G1 procurou a Corregedoria da PM para saber quais providências o órgão está tomando, mas ninguém foi encontrado para comentar o caso.

Tópicos: crime, policial, suspeito