Professores da UESPI paralisam em protesto contra lei aprovada na Alepi
12/04/2016 07h37Fonte G1 PI
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Segundo os docentes, lei impõe limites ao quadro de professores.
Segundo os docentes, lei impõe limites ao quadro de professores.Um projeto de lei aprovado na Assembleia Legislativa do Piauí no ano passado e publicado em março deste ano está causando revolta nos professores da Universidade Estadual do Piauí. Uma parte das atividades do Campus Torquato Neto foram paralisadas na manhã desta segunda-feira (11) em Teresina devido a um protesto dos docentes da instituição.
Segundo a categoria, essa lei acabou inserindo os professores no enquadramento geral do servidor público estadual e isso impõe limites ao quadro da instituição e dificulta promoções.
Para a presidente da associação dos docentes da UESPI, Lina Maria Santana, a lei compromete o futuro da instituição e diminui o número de vagas de professores efetivos.
“É uma lei que vai de encontro a uma luta nossa, que foi uma luta de anos para nós conseguirmos o nosso plano e essa lei passa por cima de tudo sem sequer ouvir a categoria.
Vai comprometer o futuro da universidade e nós entendemos que em médio prazo. A lei que hoje ainda rege os professores nos garante um percentual de vagas para professores efetivos em 1.609 professores e essa nova engessa a universidade em somente 851 vagas para professores”, explicou.
Os calouros do curso de Zootecnia estão preocupados com o ano letivo quando encontraram as salas de aula vazias devido à paralisação. “É preocupante porque estamos no primeiro período, é o bloco 1, a maioria dos alunos do nosso curso é de fora do Piauí e tem muito gasto. Ai vim pra cá e em menos de uma mês já entra de férias. É muito revoltante até porque ninguém repassa nenhuma informação”, falou a aluna Rafaela Sousa.
A instituição tem cerca de 20 mil alunos matriculados em 35 cursos. São aproximadamente 1.400 professores sendo cerca de 800 efetivos e 600 temporários. O Governo do Piauí admitiu que falhou na elaboração do projeto e que está disposto a corrigir.
Foi realizada uma reunião entre a reitoria e deputados da base governista e da oposição e nela ficou decidido que o governo irá encaminhar para a assembleia um novo projeto alterando o original.
“Não vejo outra solução para resolver este dano que fere de morte a instituição Uespi. É bom que se diga que a Uespi como uma instituição de ensino superior ela também é regida por uma lei federal que determina quantitativo mínimo de professores, doutores, mestres, especialistas para o funcionamento dos cursos. Então, a lei ordinária da forma como está, inviabiliza o funcionamento da universidade”, disse o deputado estadual Luciano Nunes.
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