Polícia aguarda depoimento de empresa para finalizar inquérito de tragédia no Parque Rodoviário

04/07/2019 09h40

Fonte G1 PI

A Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente aguarda o depoimento dos responsáveis pela empresa apontada como proprietária do clube em que uma lagoa transbordou, rompeu uma rua que funcionava como dique, e atingiu várias casas no Parque Rodoviário, bairro da Zona Sul de Teresina. O incidente aconteceu na noite do dia 4 de abril e deixou duas pessoas mortas.

Segundo moradores, o local era conhecido antes como "Clube da Telemar" e estaria desativado desde 2004, depois da empresa de telefonia mudar para a Oi. Procurada, a empresa disse que não vai se pronunciar sobre o caso.

Um laudo elaborado pela delegacia e pelo Ministério Público (MP) aponta que houve crime ambiental. “Estou aguardando ouvir a empresa proprietária do terreno. Eles pediram adiamento por questão de saúde, apresentaram o atestado. Só estou aguardando isso para concluir o inquérito”, informou a Edenilza Rodrigues Viana ao G1.

A delegada também aguarda a confirmação da propriedade do clube. “Eu intimei a Oi, mas eu não sei se ela é a proprietária, eles vão ter que provar que não são, se venderam ou não. Não sei o que vão alegar na defesa deles”, explicou.

Outro inquérito
O 10º Distrito Policial também investiga o ocorrido. De acordo com o delegado Flávio Rangel, ele aguarda o laudo da perícia do local para conclusão do inquérito. "A empresa já prestou depoimento, mas ainda estou aguardando esse laudo do fato para finalizar o procedimento", afirmou.

Logo após a tragédia, a Prefeitura de Teresina comunicou que faria um estudo técnico para determinar as causas da enxurrada. Procurada, a administração municipal afirmou que as investigações ainda estão em andamento e não há previsão para conclusão.

O MP criou uma força-tarefa formada por promotorias das áreas criminal, meio ambiente, patrimônio público e direitos humanos para investigar a responsabilização da tragédia.

O órgão disse que está acompanhando a situação das famílias atingidas e trabalhando com o poder público na garantia de assistência às vítimas.

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