Mototaxistas fecham cruzamentos na Frei Serafim em protesto na capital

19/04/2016 10h42


Fonte G1 PI

Imagem: Fernando Brito/G1Mototaxistas passaram pela Frei Serafim buzinando e gritando palavras de ordem.(Imagem:Fernando Brito/G1)Mototaxistas passaram pela Frei Serafim buzinando e gritando palavras de ordem.

Centenas de mototaxistas realizaram na manhã desta terça-feira (19) uma manifestação em frente à Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) e de lá saíram pelas avenidas Marechal Castelo Branco e Frei Serafim, Centro de Teresina. Eles reivindicam mais fiscalização do poder público em relação aos que trabalham de forma clandestina que, segundo a categoria, chega a causar um prejuízo de 70% para os regularizados.

Durante o protesto, os manifestantes buzinavam e gritavam “Fora Piratas”. O trânsito chegou a ficar complicado no sentido Leste/Centro na Avenida Frei Serafim e os cruzamentos com as Ruas Pires de Castro e Coelho de Resende foram bloqueados e registrado congestionamento.

De acordo com o Sindicato dos Mototaxistas, na capital são 2.315 legalizados. Desses 98% trabalham apenas como mototaxistas e os outros 2% têm outra atividade. O protesto também cobra mais segurança, já que pelo menos 23 trabalhadores foram vítimas de assalto e da violência. Quatro deles continuam internados no Hospital de Urgência de Teresina.

"Estamos cansados de ir à Strans solicitar que o órgão fiscalize os trabalhadores clandestinos que estão na rua ganhando dinheiro no nosso lugar de forma irregular. Enquanto nós, que andamos na lei, temos um prejuízo de pelo menos 70%. Por isso todos vamos às ruas para reivindicar isso para fiscalizar",
falou Ricardo Costa, presidente do Sindicato.

Imagem: Fernando Brito/G1Cruzamento da Frei Serafim com a Rua Pires de Castro foi bloqueado.(Imagem:Fernando Brito/G1)Cruzamento da Frei Serafim com a Rua Pires de Castro foi bloqueado.

Francisco Justino da Silva, 57 anos, mora no bairro Mafrense Zona Norte. Sustenta quatro filhos como mototaxista, única atividade financeira dele. Em janeiro deste ano, começou a vigorar as novas tarifas a partir de uma tabela definida pelo Conselho Municipal de Transportes Coletivo.

"Desde que a lei passou a valer eu carrego a tabela comigo. É uma forma de exigir o meu dever de cobrar dentro da regulação. O que nós exigimos do poder público é que tirem das ruas quem quer trabalhar no lugar de quem anda dentro da lei. Estamos para gritar não aos piratas", disse.

A Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) diz que o trabalho de fiscalização é feito com frequência na capital para coibir a atividade de clandestinos. Os agentes fiscalizam nos três turnos e quando algum é flagrado, o veículo é encaminhado para a Delegacia de Polícia Interestadual (Polinter). Conforme a Strans, o trabalho é feito em parceria com a Polícia Militar, já que essa atividade é visto como uma prática ilegal da profissão.