Moradores de áreas de risco ficam assustados com chuvas em Teresina

25/03/2015 08h33


Fonte G1 PI

Imagem: G1 PIClique para ampliarDefesa Civil diz que existem 27 áreas de risco espalhadas pela cidade.(Imagem:G1 PI)Defesa Civil diz que existem 27 áreas de risco espalhadas pela cidade.

Enquanto a intensificação do período chuvoso significa alívio na maior parte do Piauí, para muitas famílias da capital as chuvas trazem medo e transtornos. Na Zona Sul de Teresina, moradores de áreas de risco convivem diariamente com a possibilidade de inundações e desabamentos.

No bairro Parque São Jorge, diversas residências estão ameaçadas e mesmo assim os moradores permanecem nas casas. "É arriscado a casa ceder porque fica infiltrado e toda vez que chove forte eu fico assustada", contou a dona de casa Alda Barbosa. Uma galeria passa no quintal da residência, bem aproxima das paredes.

A mesma situação é enfrentada pela diarista Edna de Sousa. Segundo ela, o medo é constante, mas não tem outra alternativa senão continuar morando ali. "Está cada vez mais perto da minha casa e eu não sei o que fazer. Me mudar eu não posso, então tenho que conviver com isso aqui", desabafou a moradora.

No bairro Parque Vitória, também na Zona Sul, o perigo é ainda maior. O local possui diversas casas de taipa e a possibilidade de desabamentos é iminente. O ajudante de pedreiro Expedito Reis, mora sozinho em uma pequena casa e se agarra na fé para não ver sua moradia desabar. "A casa está toda resfriada. Só não tenho medo porque confio em Deus e quem tem fé em Deus vai em frente", contou o morador.

A feirante Maria Araújo já perdeu a casa uma vez e teme que o mesmo transtorno volte a ocorrer novamente. Segundo ela, é impossível dormir sossegada nesse período chuvoso. "Aqui a gente não tem sono e nem sossego. É o jeito sofrer calada", disse a moradora.

De acordo com a Defesa Civil, existem 27 áreas de risco em Teresina, fora as residências em situação precária construídas em invasões. Segundo o órgão, se as equipes constatarem que a estrutura está comprometida e sem condições da família permanecer, a Secretaria Municipal do Trabalho, Cidadania e de Assistência Social (Semtcas) providenciará uma solução através de um programa de acolhimento.

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Tópicos: segundo, casa, moradores