Greve dos ônibus: reunião entre empresas e trabalhadores termina sem acordo em Teresina

12/03/2021 18h13


Fonte G1

 
Imagem: ReproduçãoClique para ampliarO procurador do trabalho Luzardo Soares, que presidiu a reunião, sugeriu às partes que haja uma ?trégua? no movimento de greve, e que a Prefeitura de Teresina participe das negocia(Imagem:Reprodução)
reunião entre representantes dos motoristas e cobradores de ônibus e os donos das empresas de transporte público de Teresina, realizada nesta sexta-feira (12) no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) foi encerrada sem acordo. Os trabalhadores do setor estão em greve há 32 dias.

Uma nova rodada de negociação foi marcada para a próxima segunda-feira (15). Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Ônibus do Piauí (Sintetro), os trabalhadores do setor fizeram uma assembleia na tarde desta sexta-feira para discutir os rumos da greve.

O secretário jurídico do Sintetro, José Esmerino, informou que na reunião realizada na tarde desta sexta-feira, a categoria decidiu não aceitar a proposta realizada Tribunal Regional do Trabalho, dessa forma a categoria continua em greve.

“Cerca de 200 trabalhadores participaram dessa assembleia e decidimos não aceitar a proposta, pois eles querem fazer o pagamento proporcional referente apenas ao mês de janeiro, mas nós também queremos em relação ao que está atrasado. Foi sugerida uma trégua na greve, mas a categoria decidiu não aceitar. Na próxima segunda-feira será realizada outra negociação”, disse José Esmerino.

O Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Teresina (Setut) declarou que pretende aceitar a proposta sugerida pelo TRT de pagar o salário dos trabalhadores referente ao mês de janeiro até a próxima quinta-feira (18). A intenção é que haja uma “trégua” de 120 dias na greve e que os ônibus voltem a circular na próxima segunda-feira (12).

O procurador do trabalho Luzardo Soares, que presidiu a reunião, sugeriu às partes que haja uma “trégua” no movimento de greve, e que a Prefeitura de Teresina participe das negociações. Para o procurador, a situação de pandemia torna o retorno dos trabalhadores aos postos de trabalho ainda mais urgente.

“É fácil fazer conta, e não tem mistério sobre essas planilhas. Se vê claramente que essa pendência, essa briga, vai resultar num abraço de afogados: os empresários vão quebrar, rodando ou parados, isso aí é só fazer conta. Quebrando, os empregados vão ter o quê, também?”, disse o procurador.

Em caso de acordo, os trabalhadores que prestaram serviço em janeiro receberão seus salários e deverão retornar aos postos de trabalho imediatamente. Durante o período da suspensão da greve, o processo irá seguir normalmente no TRT, podendo haver novas audiências de conciliação entre as partes.


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Tópicos: trabalho, greve, empresas