Estudante que morreu após calourada tinha sinais de violência sexual e jovem detido é aluno da UFPI

29/01/2023 10h26

Fonte G1 PI

A jovem Janaína da Silva Bezerra, 21 anos, que morreu após calourada na Universidade Federal do Piauí, chegou ao hospital da Primavera com lesões no rosto e pescoço e sinais de violência sexual. O coordenador do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Francisco Costa, o Barêtta, disse ao g1 que o jovem detido é, assim como a garota, estudante da UFPI e participava da calourada que acontecia no local.

Conforme o delegado, o jovem relatou que levou a jovem ao hospital após ela passar mal. Ele disse ainda que manteve relações sexuais consensuais com a garota, mas isso ainda está sob investigação.

"Ela tinha várias lesões no rosto, no pescoço, no corpo. As roupas íntimas dela estavam do lado contrário, como se alguém tivesse vestido ela rapidamente. Ainda estamos aguardando o laudo do IML para saber exatamente o que aconteceu", contou.

O delegado destacou que a jovem chegou com vida à unidade de saúde, mas já "praticamente sem vida", falecendo em seguida. O jovem teria relatado que foi o responsável por buscar atendimento para ela, mas a UFPI informou que foram seguranças da instituição que levaram a garota ao hospital.

O g1 tentou, mas ainda não conseguiu contato com a unidade de saúde.

Jovem detido

A Universidade Federal do Piauí (UFPI) informou que a administração não havia autorizado a festa realizada nessa sexta-feira (27). Segundo o delegado-geral de Polícia Civil, Lucy Keiko, um suspeito foi detido e contou estar com a jovem no momento em que ela passou mal.

De acordo com a instituição, a festa não havia sido autorizada. Em nota, a UFPI informou ainda que está colaborando com as investigações e que vai buscar imagens de câmeras de segurança para ajudar no caso. A instituição declarou que desaprova condutas que coloquem em risco estudantes, professores ou funcionários.

Segundo o Diretório Central dos Estudantes, contudo, as atividades culturais promovidas dentro da instituição nunca precisaram ser diretamente comunicadas, já que são realizadas em espaço destinado às ações estudantis.

O DCE destacou, ainda, que uma luta antiga do Diretório é mais segurança para os estudantes, que têm constantemente relatado assaltos e outros crimes dentro do campus em Teresina. Conforme a entidade, a guarda da UFPI é majoritariamente patrimonial, e não contempla a necessidade de segurança da comunidade acadêmica.

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