Criança de seis anos morre vítima de bala perdida na Zona Sul de Teresina

19/02/2014 11h12

Fonte G1 PI

Crizantina Lima Barbosa, a avó do menino Felipe, morto nessa terça-feira (18) na Vila Carolina, Zona Sul de Teresina, contestou a versão dada pela polícia de que o adolescente que atirou pretendia atingir outro jovem que estava em companhia do garoto. Segunda ela, o suspeito cometeu o crime de forma proposital.

“Meu neto estava com a mãe, o irmão de oito anos e mais dois vizinhos em frente de casa aguardando a chegada de uma pizza que minha nora encomendou quando dois jovens passaram em uma motocicleta dizendo que iriam atirar em quem encontrassem pela frente. Logo em seguida, eles deram dois tiros. Eles queriam matar alguém”, contou a avó.

Ainda de acordo com Crizantina, um dos disparos acertou o peito de Felipe e outro um carro do vizinho.“A mãe de Felipe conseguiu entrar em casa com o filho de oito anos e meus vizinhos conseguiram deitar no chão quando viram que o rapaz iria atirar, mas meu neto não teve reação e foi atingido”, lamentou.

Segundo o comandante de policiamento da capital, coronel Alberto Meneses, um dos suspeitos tem 15 anos de idade e já tem passagem pela polícia, inclusive por envolvimento em outro homicídio. Após realizar diligências, a polícia conseguiu apreender a dupla. Eles foram levados para Central de Flagrantes de Teresina.

Família pede justiça

Crizantina Lima Barbosa pede punição para os criminosos. “Eu faço um apelo para o secretário de segurança do estado, Robert Rios, para que ele providencie segurança para quem trabalha e precisa ter uma vida digna. O senhor não sabe o que é perder um neto para a violência. O senhor não sabe o que estou sentido”, disse.

Thiago César, que é tio de Felipe, também lamentou a morte do sobrinho. Ele afirmou que o sentimento de revolta se torna maior por conta da impunidade. “Como uma pessoa tira a vida de outra sem pensar nas consequências deste ato? Este não é o primeiro homicídio que o suspeito comete e infelizmente também não será o último. Quantos Felipes precisam morrer para que algo seja feito nesta cidade?”, questionou.

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