CASO PAULYNHO PAIXÃO: Família teme a morte da jovem

25/05/2011 09h28


Fonte 180graus

Imagem: DivulgaçãoEsta não seria a primeira vez que o cantor foi agressivo(Imagem:Divulgação)Esta não seria a primeira vez que o cantor foi agressivo

Reviravolta no caso do cantor Paulinho Paixão, o "rei do coladinho", que foi preso na manhã desta terça-feira (24/05), acusado de espancar a namorada, a adolescente T.C.S. de apenas 16 anos. A família da menor nega a versão do cantor e acusa o artista de viver espancando a menina. Diz a tia, dona Wani Coutinho, que "não é a primeira vez que Paulinho Paixão espanca minha sobrinha. Eu peço pelo amor de Deus, ajuda das autoridades, pois se continuar assim ele vai matar ela". Wani disse que tentou interferir na relação, mas também foi ameaçada.

Segundo Wani Coutinho, o que houve na madrugada de 2ª feira foi mesmo espancamento. Ela diz que Paixão é violento, possessivo e ciumento e que, agrediu sua sobrinha dentro do carro com socos e bofetadas. A tia denuncia que só este ano, Paulinho Paixão aplicou tres surras violentas na menina. A primeira foi no inicio do ano. A 2ª, na semana santa. A 3ª, no domingo passado . A surra do domingo, foi tão forte que, segundo a tia, a menina foi parar no HUT com a munheca direita inchada e terminou sendo enfaixada pelos médicos.

Desesperada, Wani Coutinho quer apoio da imprensa, do Conselho Tutelar e do Ministério Público, porque teme que Paulinho Paixão acabe com a vida de sua sobrinha. "Ele já ameaçou ela. Disse na segunda briga que, se ela não for dele, não será de ninguém. A menina já tentou se livrar dele, mas ele vive atrás dela. Ela é minha sobrinha, filha da minha irmã. Eu peço ajuda. Nós somos pobres. Ele se sente poderoso, porque tem apoio de empresários locais. Por isso, acha que pode tudo". Wani informou que T.S. só tem 15 anos de idade e que, vai completar 16 em agosto.

AMEAÇADA
Wani Coutinho que mora na Vila Irmã Dulce, revelou em prantos ao 180graus que, já tentou interferir na relação de Paulinho Paixão com sua sobrinha, mas foi por ele ameaçada. "Ele quebrou dois celulares que eu dei para ela, porque na opinião dele, a menina só pode usar celular comprado por ele, para poder ficar se comunicando sem que eu saiba o número".

IDADE DO PAI
Diz a tia da adolescente que, Paulinho Paixão tem quase três vezes a idade de T.S.S. "Ele tem perto de 40 anos e ela só 15. A diferença é grande, mas ele insiste em iludir minha sobrinha. Eu gostaria muito de falar com a dra. Leida Diniz, com a dra. Vera Lúcia e com alguém do Conselho Tutelar para nos ajudar", finalizou Wani.

O advogado de Paulinho Paixão, Mag Say Say e o próprio cantor, negam todas as acusações. Paixão e seu advogado, disseram na Policia que, não houve espancamento. Para o delegado Antonio Maria, na Central de Flagrantes, foi dito que, o cantor e a adolescente estavam dentro do carro as 2h20m da manhã de segunda para terça feira na av. dos Ipês, quando ele foi obrigado a dá uma freada brusca, projetando a menina de encontro ao painel do veículo, fato que provocou um leve ferimento no nariz. Mas as fotos enviada pela família, via internet, para a imprensa mostram que no nariz não há nenhum ferimento. Já o olho direito tem um hematoma e existe um corte na cabeça.

CONTRADIÇÕES NO CASO
Hoje, em entrevista ao programa Bom Dia Meio Norte, o tenente coronel Sá Júnior afirmou que há alguns dados que despertam a atenção da polícia. Em conversa com o jornalista Ieldyson Vasconcelos, o tenente da PM afirmou que a primeira chamada feita ao Copom foi às 3h da manhã, feita pelo próprio cantor dizendo que ele estava sendo ameaçado.

A segunda chamada foi feita diretamente da uma das viaturas do Ronda Cidadão, no bairro São João. Desta vez quem ligou foi uma testemunha, informando que uma jovem estava sendo espancada por Paulynho Paixão. Várias testemunhas viram o fato, e alguns deles informaram que a jovem chorava bastante e estava apenas de baby-doll.

Porém, mesmo com todos estes fatos, o cantor foi liberado pela civil no final da manhã de ontem, até mesmo porque a jovem não entrou com representação contra Paulynho Paixão. Mas de acordo com a delegada Vilma Alves nestes casos não há necessidade de representação. Trata-se de agressão contra uma mulher e com agravante de que envolve uma menor.