"Vergonha presenciarmos indígenas morrendo de fome", diz Wellington Dias

22/01/2023 11h05


Fonte Cidadeverde.com

O ministro do Desenvolvimento, Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, desembarcou neste sábado (21), ao lado do presidente Lula, para acompanhar a rede de suporte do Ministério à Comunidade Yanomami.

O objetivo do governo é agir de forma emergencial; levantar informações e traçar metas imediatas para o enfrentamento da crise social e de saúde daquela população. Indígenas, nesse momento, sofrem com insegurança social, doenças infecciosas e desnutrição.

O ministro registrou que já chegaram a Roraima cerca de cinco mil cestas de alimentos, o que corresponde a cerca de 80 toneladas. Elas vieram do Amapá em aviões da FAB, e correspondem a uma parceria entre MDS, Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Funasa e Forças Armadas. O trabalho de estocagem e distribuição das cestas já começou.

A visita do presidente, e do ministro, ocorreu após o estabelecimento de um Comitê integrado entre ministérios e a declaração da situação de emergência de saúde pública na região para enfrentar a desassistência sanitária no território Yanomami. O Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento à Desassistência Sanitária das Populações em Território Yanomami iniciou força-tarefa desde o conhecimento sobre a crise enfrentada pela comunidade.
Imagem: Divulgação / Ascom / MDSWellington Dias(Imagem:Divulgação / Ascom / MDS)

Neste sábado, o ministro se encontrou com o líder indígena Davi Kopenawa, que elencou uma série de prioridades que precisam ser enfrentadas, em caráter de emergência pelo governo.

“A nossa prioridade é cuidar da saúde. A gente não tem médico, fica dois, três meses, esperando atendimento”,
disse Wellington Dias ao relacionar demandas na área da educação, como escolas mais próximas, e apoio social à comunidade.

“É uma vergonha presenciarmos indígenas morrendo de fome no país que é o quarto maior produtor de alimentos do mundo. As equipes indígenas e as autoridades de Roraima disseram que ainda não se sabe ao certo quantas pessoas morreram neste genocídio, agravado por ser dentro de um território Yanomami, de proteção e responsabilidade federal, que permitiu garimpo ilegal, mercúrio contaminando as águas e presença do crime organizado",
afirmou Wellington Dias.


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