Sindicatos e movimentos sociais reagem à privatização da Eletrobras-Piauí

15/09/2016 07h25


Fonte Alepi

A Assembleia Legislativa realizou audiência pública nesta quarta-feira (14), com representantes da Eletrobras Piauí, de movimentos sociais, sindicatos dos Urbanitários (Nacional e Regional). A pauta de discussão foi a medida anunciada pelo Governo Federal de privatizar o setor elétrico.

Imagem: AlepiClique para ampliarSindicatos e movimentos sociais reagem à privatização da Eletrobras-Piauí.(Imagem:Alepi)

A Medida Provisória nº 735 facilita a transferência do controle de ativos e as privatizações de empresas elétricas. A audiência foi proposta pela deputada Flora Izabel (PT) e contou com a participação dos deputados João de Deus (PT) e José Hamilton (PTB).

Para a deputada Flora Izabel a discussão é oportuna e é importante mobilizar não apenas o setor envolvido, como também mobilizar a sociedade e esclarecê-la sobre as consequências, uma vez que, segundo a parlamentar, os investimentos ficarão escassos e as tarifas serão majoradas.

“É uma situação muito preocupante porque sabemos o que gera a privatização em um setor tão importante, estratégico e essencial para a vida das pessoas, porque além das demissões que atingem o setor, as empresas pensam no lucro e os investimentos ficam reduzidos. O que for debatido hoje certamente será levado à Bancada Federal e ao Governo Federal”,
disse.

De acordo com o Presidente da Federação Nacional dos Urbanitários, Pedro Tabajara, “o Governo Temer tem promovido a flexibilização das leis para privatizar as empresas, em ritmo acelerado, precipitando toda a legislação existente”. Pedro Tabajara defende o enfrentamento contra o governo e ao falso discurso que a venda de estatais promoverá geração de emprego e desenvolvimento para o Estado. “É tudo falácia, pois a privatização não trará os benefícios necessários”, ressalta.

O presidente da Eletrobras Piauí, José Salan, falou da situação da empresa e dos investimentos e ações realizados nos últimos anos. “É um momento bastante difícil porque não temos a concessão, a empresa é apenas uma prestadora de serviço para a União e por decisão da assembleia geral de acionistas, realizada em julho, está em processo de privatização”, disse.

Salan também esclareceu que o estado do Piauí não participou em qualquer decisão neste processo de alienação dos ativos da Eletrobras, coube a União, decidir não renovar a concessão e colocar os ativos à venda com o prazo de até dezembro de 2017.

No encerramento a deputada Flora Izabel agradeceu a presença de todos e falou da satisfação quanto a repercussão da audiência e a contribuição dos presentes.

O próximo passo acordado será encaminhar um manifesto com a assinatura de 1/3 dos deputados, com o apoio dos sindicatos e uma audiência com o governador Wellington Dias. “Será uma forma de unirmos forçar e chegarmos a opinião pública”, ressalta.

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