Rafael Fonteles projeta reeleição de Lula em 2026 e prevê nova polarização com bolsonarismo

31/07/2025 17h15

Fonte ClubeNews

O governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT), projetou um cenário mais polarizado para a corrida presidencial de 2026 durante entrevista ao jornal O GLOBO, na manhã desta quinta-feira (31). Para o governador, o presidente Lula (PT) disputará a reeleição contra um nome apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A polarização seria a disputa entre esquerda e direta pelo protagonismo eleitoral no próximo ano. Na perspectiva de Rafael Fonteles, Lula deverá somar uma maioria superior ao resultado das eleições de 2022, quando venceu por 50,9% dos votos válidos no segundo turno.

“Eu vejo que esse estado de polarização vai permanecer em 2026. Acho que na eleição presidencial será o presidente Lula, que eu tenho muita convicção de que será reeleito com uma maioria maior do que a de 2022, contra um candidato com o sobrenome Bolsonaro ou vestido de Bolsonaro. Essa é a minha opinião”, declarou.

Para que o seu grupo político se sobressaia, Rafael Fonteles disse que será necessária a confluência de forças do campo da esquerda. Ele lembrou a estratégia adota por Lula na última eleição, com a indicação de Geraldo Alckmin – até então adversário político – para a vice-presidência.

“A extrema-direita ganhou um espaço na política brasileira que não tinha até 2018 e, portanto, todo o campo democrático se une. Você já imaginou o vice-presidente, que disputou a presidência contra o Lula, ser o vice atual? É a prova cabal de que é a união de todo o campo democrático contra a extrema-direita”, disse.

Apesar da escalada de tensões entre os grupos ao longo dos últimos meses mediante a proximidade do processo eleitoral, Rafael Fonteles ponderou que a situação dificulta o debate sobre temas prioritários à população, como Saúde, Educação e Segurança.

“Eu torço para que em um futuro breve, esse clima de polarização política diminua para a gente voltar a aprofundar o debate sobre políticas públicas. Muitas vezes, isso nos impede de discutir isso. O tema prioritário termina sendo os temas mais ideológicos”, concluiu.

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