Projeto de lei reconhece lenda do "Cabeça de Cuia" como patrimônio cultural imaterial do Piauí
05/10/2023 12h26Fonte G1 PI
Imagem: Catarina Costa/G1
Monumento do Cabeça de Cuia.
Monumento do Cabeça de Cuia.O projeto de lei 193/23, que reconhece a tradicional lenda do Cabeça de Cuia como Patrimônio Cultural Imaterial do Piauí, foi aprovado, na terça-feira (3), pelo Plenário da Assembleia Legislativa (Alepi). A estória se popularizou no século XIX no estado e, atualmente, o monumento que homenageia a lenda é um dos principais pontos turísticos de Teresina.
"Reconhecer como patrimônio imaterial práticas e domínios da vida social que se manifestem em saberes, ofícios e modo de fazer, celebrações, formas de expressões cênicas, plásticas, musicais ou lúdicas é preservar a cultura”, afirmou o autor do projeto de lei, o deputado Francisco Limma (PT).
A lenda
A lenda conta a história de Crispim, um jovem de família de baixa renda que residia à margem do rio Parnaíba, em Teresina. Um dia, ao chegar para almoçar, o rapaz encontra uma sopa rala, feita com ossos e sobras de refeições anteriores.
Crispim se revolta e inicia uma discussão com a própria mãe, arremessa um osso de boi contra ela, atingindo-a na cabeça e matando-a. Antes de morrer, no entanto, a mãe teria o amaldiçoado a ficar vagando pelos rios Parnaíba e Poti.
Imagem: Júnior Feitosa/G1 PI
Lei reconhece lenda do "Cabeça de Cuia" como patrimônio cultural imaterial do Piauí
Lei reconhece lenda do "Cabeça de Cuia" como patrimônio cultural imaterial do PiauíO jovem logo vira uma figura monstruosa, com uma enorme cabeça, no formato de uma cuia. Conforme a mãe, a maldição chegaria ao fim somente quando ele devorasse sete Marias virgens.
Após a sentença, Crispim corre ao rio Parnaíba, onde se afoga. Mas, segundo a lenda, seu corpo nunca foi localizado. Assim, moradores da região acreditam que o Cabeça de Cuia, além de procurar por virgens, é capaz de matar banhistas e virar embarcações no rio.
A narrativa popular é baseada em elementos culturais, históricos e em protetores da natureza, descritos em outros contos do folclore, servindo como um alerta para a preservação de rios, da fauna e flora.
Em Teresina, um monumento que homenageia o Cabeça de Cuia, situado no Parque Ambiental Encontro dos Rios, no bairro Poti Velho, é um dos mais visitados da capital. A figura folclórica se popularizou no final do século XIX.
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