Presidente do TJ reconhece morosidade e diz que a pandemia afetou o Judiciário

08/12/2020 18h40


Fonte Cidade Verde

 Imagem: Reprodução
Segundo o presidente, a nova sede do TJ inaugurada ontem vai combater a morosidade, já que toda a parte administrativa será 100% digital, ou seja, sem uso de papel. ?Ainda haverá n(Imagem:Reprodução)
O presidente do Tribunal de Justiça do Piauí, Sebastião Ribeiro Martins, admitiu nesta terça-feira (8) que a pandemia afetou de maneira significativa o poder Judiciário, contribuindo ainda mais com a morosidade, apontada por ele como um problema ainda ser superado pela justiça piauiense.

“As audiências sofreram sim um decréscimo muito grande, principalmente as audiências criminais. Houve um atraso significativo. Nós temos que reconhecer que essa pandemia trouxe dificuldades ao poder Judiciário e também tem muitas reclamações do cidadão por conta da morosidade, que é um fato”, declarou em entrevista à TV Cidade Verde.

Segundo o presidente, é inadmissível que nos tempos atuais um processo demore até uma década para ser julgado.

“Eu como presidente do Tribunal de Justiça tenho que reconhecer que há realmente uma grande morosidade da justiça, apesar do empenho dos magistrados, mas infelizmente nós temos processos que demoram até 8, 10 anos. Isso é inconcebível nos tempos atuais”, afirmou.

Sebastião Ribeiro Martins disse que ainda não há um prazo para que as audiências presenciais sejam retomadas em sua totalidade, já que muitos magistrados pertencem ao grupo de risco para a covid-19.

“Alguns magistrados ainda estão apreensivos. Aqueles magistrados que tem mais de 60 anos, como é o caso dos próprios desembargadores, são do grupo de risco e preferem trabalhar de forma remota. Eles produzem muito nas decisões”, destaca.

Segundo o presidente, a nova sede do TJ inaugurada ontem vai combater a morosidade, já que toda a parte administrativa será 100% digital, ou seja, sem uso de papel. “Ainda haverá nas varas criminais o processo físico, mas na sede será totalmente digital”, comemora, ressaltando o avanço da tecnologia.

“Com a pandemia ficou claro que o teletrabalho veio pra ficar. Cada magistrado tem um notebook de última geração. Ele despacha 24h. Já o advogado, do próprio escritório ele ajuíza uma ação. O gabinete virtual do juiz é o notebook”, finaliza.


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