Operação da PF investiga denúncia de compra de apoio político pelo prefeito eleito de Barras, no PI

25/11/2020 15h03


Fonte G1 PI

A Polícia Federal está investigando, por meio da Operação Democracia Pescada, deflagrada nesta quarta-feira (25), uma suspeita de compra de apoio de pré-candidatos e lideranças políticas pelo prefeito eleito, Edilson Capote (PSD) para as eleições municipais em Barras, município a 119 km de Teresina. Os nomes dos suspeitos investigados ou quais grupos políticos estariam envolvidos não foram divulgados pela Polícia Federal.

Em nota, a coligação A Vitória que Vem do Povo (PSD/DC), do prefeito eleito Edilson Capote (PSD), informou que a operação fez buscas em oito endereços de pessoas que compõem a coligação, entre eles endereços de uma irmã do prefeito e de um irmão, este último em Brasília. Leia a íntegra da nota no final desta reportagem.

Segundo a PF, a operação pretende cumprir oito mandados, sendo sete em Barras e um em Brasília, no Distrito Federal. Por meio das buscas e apreensões, a investigação busca indícios da prática de crime eleitoral. Segundo o delegado Leonardo Portela, a PF investiga se foram cometidos crimes como corrupção eleitoral e caixa dois.

"A referida operação tem por objeto a apuração do teor de notícia-crime, na qual se afirmou que determinado grupo político teria comprado, para as eleições de 2020, o apoio de pré-candidatos e lideranças políticas da cidade de Barras", informou a PF em nota à imprensa.

Democracia Pescada
A PF informou que o nome da operação tem relação com a denominação que, segundo a investigação apurou, foi dada aos grupos em que foram subdivididos os políticos e lideranças, segundo a notícia-crime.

A divisão, conforme a denúncia, foi feita conforme o peso do apoio político negociado e o respectivo valor da sua compra. Dessa forma, os grupos políticos foram chamados de peixes de couro, peixes nobres de escama e piabas do rabo seco.

Leia abaixo a íntegra da nota da coligação do prefeito de Barras, Edilson Capote:

A coligação A Vitória que Vem do Povo (PSD/DC) vem a público informar que foi surpreendida pela presença de agentes da Polícia Federal em oito endereços de pessoas que compõem a coligação vitoriosa do candidato Edilson Sérvulo de Sousa, o Edilson Capote, prefeito eleito de Barras, além da irmã do prefeito, Ivanilda Sérvulo, e do irmão, empresário Wilson Sérvulo, que mora em Brasília-DF. Edilson Capote declara que nada foi encontrado que comprometesse a lisura da campanha realizada pela coligação e que o fato da denúncia ter sido assinada pelo atual secretário de Cultura de Barras, João Germano Filho, denota o tom eleitoreiro. O secretário de Cultura já foi condenado - em setembro deste ano - pela Juiz da 6ª Zona Eleitoral/PI, Nauro Thomaz de Carvalho, por divulgar matérias com o intuito exclusivo de denegrir a imagem do Sr. Edílson Capote, fazendo afirmações agressivas e abstratas, desacompanhadas de maiores comprovações. A multa foi de R$ 5 mil.O prefeito eleito de Barras, Edilson Capote, condenou ainda o espetáculo que os adversários quiseram proporcionar e disse ter certeza que é uma manobra dos inconformados com a derrota no intuito exclusivo de atacar a família dos que foram eleitos pelo voto popular. Disse ainda ter certeza, que, se houvesse outra eleição em Barras, seria eleito novamente porque não são lideranças que querem o Capote, como diz a denúncia, mas o povo."A grande maioria dos votos comprova isso. Foram quase 4 mil votos de diferença entre os dois candidatos."Por que não se conformam?”, questionou Edilson.Edilson Capote teve 50,69% dos votos válidos contra 37,61% de Carlos Monte, candidato à reeleição.


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Tópicos: votos, crime, barras