Marcelo defende lista pré-ordenada em debate sobre reforma política na Alepi

04/04/2017 11h15


Fonte Alepi

Ao falar ontem (3) na audiência pública realizada no grande expediente da sessão da Assembleia Legislativa, o deputado federal Marcelo Castro, presidente regional do PMDB no Piauí, defendeu um sistema eleitoral de transição no Brasil em 2018 com a implantação de uma lista pré-ordenada de candidatos apresentada pelos partidos. Ele defendeu ainda que o Brasil tenha um sistema eleitoral misto a partir do pleito de 2026.

No início do debate que foi requerido pelo deputado Evaldo Gomes(PTC), o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Themístocles Filho (PMDB), convidou para a mesa de honra o senador Elmano Ferrer (PMDB), os deputados federais Assis Carvalho (PT) e Rodrigo Martins(PSB), os vereadores Luiz Lobão(PMDB) e Edilberto Borges, o Dudu(PT), e o secretário estadual de Meio Ambiente, deputado Ziza Carvalho(PDT).

Imagem: AlepiClique para ampliarDeputado federal Marcelo Castro (PMDB)(Imagem:Alepi)Deputado federal Marcelo Castro (PMDB)

Em seguida, Marcelo Castro, que foi relator da reforma política na Câmara dos Deputados, disse que, atualmente, mais de 60% dos países do mundo adotam o sistema distrital misto em que os eleitores escolhem metade dos parlamentares através de eleições nos distritos em que são divididos os estados e a outra metade através do voto proporcional.

Marcelo Castro declarou que o sistema eleitoral brasileiro é uma bagunça em que o eleitor “vota em João e elege Pedro”, deixando de lado a ideologia partidária. Ele citou o exemplo da eleição de 2014 no Piauí quando, segundo ele, o atual deputado federal Heráclito Fortes(PSB) foi beneficiado com os votos recebidos pelo ex-deputado federal comunista Osmar Júnior, mesmo tendo ideologias diferentes.

“Além do mais, o sistema existente no Brasil promove a fragmentação partidária, por isso temos um Congresso com 35 partidos e outros 30 partidos estão tentando se regularizar junto à Justiça Eleitoral”,
declarou o presidente do PMDB, assinalando que a mudança para o sistema distrital misto deve ocorrer gradualmente, por isso só valeria a partir das eleições de 2026.

Em relação à lista pré-ordenada de candidatos, Marcelo Castro afirmou que não se pode falar em lista fechada, como vem sendo noticiado pela imprensa, porque os eleitores saberão os nomes dos postulantes aos mandatos parlamentares. “Dizem que a lista servirá para beneficiar os políticos envolvidos na Lava-Jato, mas isto não tem sentido, porque nenhum partido vai colocar candidato ficha suja para disputar a eleição”, declarou ele.

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