Lula diz que combate à desigualdade deve ter "prioridade" igual ao clima

23/06/2023 14h38


Fonte meionorte.com

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Na sexta-feira (23), durante sua participação na Cúpula sobre o Novo Pacto de Financiamento Global em Paris, na França, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que a luta contra a desigualdade deve ser tão prioritária quanto a questão climática.

Juntamente com o presidente francês, Emmanuel Macron, Lula enfatizou que é "inadmissível" que a palavra "desigualdade" não seja mencionada em uma reunião entre líderes de países importantes.

"Eu vim aqui para falar que, junto com a questão climática, presidente Macron, nós temos que colocar a questão da desigualdade mundial. Não é possível que numa reunião entre presidentes de países importantes, a palavra desigualdade não apareça. A desigualdade salarial, a desigualdade de raça, a desigualdade de gênero, a desigualdade na educação, a desigualdade na saúde", disse.

"Ou seja, nós estamos num mundo cada vez mais desigual e, cada vez mais, a riqueza está concentrada na mão de menos gente. E a pobreza concentrada na mão de mais gente. Se nós não discutirmos essa questão da desigualdade, e se a gente não colocar isso com tanta prioridade quanto a questão climática, ou seja, a gente pode ter um clima muito bom e o povo continuar morrendo de fome em vários países do mundo."

Lula mencionou as conquistas de seus dois primeiros mandatos, de 2003 a 2010, e os mandatos de Dilma Rousseff (PT), de 2011 a 2016, destacando que recentemente o Brasil "regrediu, assim como muitos outros países". Ele ressaltou que isso depende do governo eleito e daqueles que têm preocupação com as questões sociais.

Durante seu discurso, o presidente brasileiro também expressou críticas ao Fundo Monetário Internacional (FMI), uma organização criada após a Segunda Guerra Mundial com o objetivo de reestruturar as economias de países afetados pelo conflito. Atualmente, o FMI fornece empréstimos a nações que enfrentam dificuldades financeiras.

Lula afirmou que as instituições criadas no pós-guerra não funcionam mais e não atendem mais às aspirações e interesses da sociedade. Ele argumentou que é necessário repensar e atualizar essas instituições para lidar com os desafios e demandas do presente.