Guedes reafirma flexibilização do teto de gastos e cobra avanço de reformas do presidente do Senado

24/10/2021 12h20


Fonte G1

 
Imagem: ReproduçãoClique para ampliarGuedes reafirma flexibilização do teto de gastos e cobra avanço de reformas do presidente do Senado(Imagem:Reprodução)

O ministro da Economia, Paulo Guedes, reafirmou neste domingo (24) a flexibilização do teto de gastos e cobrou do presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (MG), a aprovação de reformas na casa legislativa, como as mudanças nas regras do Imposto de Renda.

Guedes deu a declaração na manhã deste domingo junto do presidente Jair Bolsonaro durante visita a uma feira de criadores de passarinhos no Parque de Exposições da Granja do Torto, em Brasília.

De pé, ao lado de Bolsonaro e cercado de apoiadores do governo, Guedes defendeu a reformulação das regras do teto de gastos como forma de implementar o programa social Auxílio Brasil, sucessor do Bolsa Família. Segundo ele, é preciso "flexibilizar um pouco para atender aos brasileiros mais frágeis".

"As pessoas falam: Você não é defensor do teto?. Eu sou defensor do teto. Eu vou continuar defendendo o teto. Eu defendo as privatizações. Agora, o presidente tem que tomar uma decisão política muito difícil: se ele respeita o teto ou deixa 17 milhões de famílias passando fome. Então, ele tem que pedir. Ele tem que pedir uma ação social que proteja a população. E eu tenho que calibrar essa ajuda", disse.

Na última sexta-feira, diante da reação negativa do mercado, dos pedidos de demissão de quatro secretários em razão da decisão do governo de "furar" o teto de gastos e de especulações de que o próprio Guedes poderia sair, o ministro recebeu a visita do presidente Jair Bolsonaro, que declarou ter "confiança absoluta" no auxiliar.

Guedes cobrou do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, a tramitação de reformas, entre as quais do imposto de renda, já aprovada pela Câmara.

Ele disse que Bolsonaro estava pressionado pela "política", precisava de R$ 30 bilhões para implementar o Auxílio Brasil, e o Senado não aprovou a reforma do imposto de renda, que prevê a tributação em 15% de lucros e dividendos distribuídos pelas empresas. Segundo afirmou, essa seria a "fonte" para financiar o programa.

"Se a gente avançar com o imposto de renda, por exemplo, que tira justamente, tributa justamente quem ganha R$ 300 bilhões com juros e dividendos, nós podemos ajudar os mais frágeis. Então, nós conseguimos ajudar os mais frágeis fazendo o que nós sempre fizemos – fazendo as reformas", declarou.

E cobrou de Pacheco a aprovação dessas reformas — o senador já afirmou que a proposta que muda o imposto de renda está "amadurecendo" no Senado, mas não que entende que seja "condição única" para a concessão do Auxílio Brasil.

“Ele precisa avançar com a reforma, ele precisa nos ajudar a fazer as reformas. Ele não pode fazer militância também. E eu tenho certeza que não vai fazer. Nós conversamos na semana passada, e ele falou: Olha, nós temos que acelerar os precatórios, a aprovação, nós temos que avançar com as reformas. Ele sabe que nós estamos no caminho certo. O presidente do Senado sabe que nós estamos no caminho certo”, afirmou o ministro.


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