Governadores querem reunião com Bolsonaro para conter a crise, diz W.Dias

23/08/2021 15h53


Fonte meionorte.com

Imagem: ReproduçãoGovernador do Piauí, Werllington Dias.(Imagem:Reprodução)Governador do Piauí, Werllington Dias.

O governador Wellington Dias (PT), presidente do Fórum do dos Governadores e coordenador do Consórcio do Nordeste, disse que na reunião realizada nesta segunda-feira (23) em Brasília, os governadores decidiram ter um encontro com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para abrir um diálogo com o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Luiz Fux; com presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM- MG), e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), na próxima semana, para conter a crise institucional porque passa o país.

"O objetivo é demonstrar a importância do Brasil ter um ambiente de paz, de serenidade onde possamos garantir a forma de valorização da democracia, mas principalmente criar um ambiente de confiança que permita a atração de investimentos, geração de emprego e renda", declarou Wellington Dias, após o final da reunião.

O líder piauiense falou que os governadores formaram um observatório de avaliação de retorno às aulas. "É um desafio grande enquanto as crianças não se vacinam contra a Covid-19", declarou Wellington Dias.

O governador Wellington Dias disse que a pauta do Fórum dos Governadores do Brasil foi o Pacto em Defesa da Democracia e Medidas para o Enfrentamento da Pandemia, Crise Política, Crise Social e Crise Econômica. Segundo ele, a reunião aconteceu com mais 21 governadores.



O secretário de Fazenda e coordenador-geral do PRO Piauí, Rafael Fonteles também esteve presente no encontro.O compromisso com a democracia foi um dos pontos levantados pelo governador do Piauí que manifestou seu desejo por diálogo entre estados, municípios e os poderes. “Precisamos criar um ambiente de segurança, e para isso precisamos ter maturidade, diálogo, respeitando as posições políticas. A democracia depende disso”, alertou.

Wellington falou que é necessário retomar o pacto de defesa pela democracia. “É imprescindível termos uma condição de respeito à todas as pessoas, todas as posições políticas, às constituições e às instituições. Ainda estamos num momento de enfretamento à pandemia, temos aí novas variantes e precisamos seguir com nossos planos de vacinação e tudo isso ainda é um desafio”, reitera.

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), reforçou que os governadores levarão, além da pauta da harmonia dos poderes, a pauta da reforma tributária que tem afetado estados e os municípios. “Se faz necessário reforçar os laços da democracia no Brasil para que possamos avançar. Todos nós temos a consciência que fora desse ambiente democrático quem perde é o cidadão e os governadores falam em nome da população. Precisamos de um ambiente de estabilidade”, explicou Ibaneis Rocha.

Ainda sobre a pandemia e o plano de vacinação, os governadores querem chegar em outubro com a meta que foi estabelecida de vacinar toda a população com mais de 18 anos com pelo menos uma dose. E ainda com pelo menos 60% da população com segunda dose, reduzindo se possível, o intervalo entre as doses.

Segundo Dias, sobre o clima, foi aprovada a criação de um consórcio das 27 unidades federativas que terá um fim específico que é a gestão de uma carteira de projetos apresentadas pelas cinco regiões do Brasil que leva em conta todos os biomas e vai tratar de investimentos nessa área de resíduos sólidos, universalização de água, tratamento do lixo, esgotamento tudo isso com uma gestão competente capaz de trabalhar captação de recursos dos estados, do Brasil e do exterior”, falou Dias.

A reunião aconteceu em Brasília de forma presencial e por videoconferência. A sugestão do encontro foi dada pelo governador do Piauí, Wellington Dias (PT), e corroborada por João Doria (PSDB). Dos 27 governadores, somente dois não participaram: o do Tocantins, Mauro Carlesse (PSL) e o do Amazonas, Wilson Lima (PSC).