Governador diz que operação busca "asfixiar" o crime organizado financeiramente
06/11/2025 10h21Fonte cidadeverde.com
Imagem: Renato Andrade/ Cidade Verde
Governador do Piauí, Rafael Fonteles.
Governador do Piauí, Rafael Fonteles.O governador do Piauí, Rafael Fonteles, afirmou na manhã dessa quarta-feira (5) que o objetivo da Operação Carbono Oculto 86 é atingir a base financeira das organizações criminosas infiltradas na economia. A ação, coordenada pela Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-PI), interditou postos de combustíveis em Teresina e em outros 10 municípios piauienses.
Segundo o governador, a principal frente de combate à criminalidade é o bloqueio das fontes de recursos ilegais.
“Entendemos que a principal ação de segurança pública é asfixiar a parte financeira do crime organizado. Essa operação reforça o papel de investigação do Estado brasileiro como um todo, com forças federais e estaduais, Judiciário Federal e Estadual, para garantir que o crime organizado seja combatido não apenas no tráfico de drogas, mas também na economia real”, disse Rafael Fonteles.
A Operação Carbono Oculto investiga fraudes na comercialização de combustíveis, lavagem de dinheiro e manipulação de bombas em postos suspeitos de ligação com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Em Teresina, equipes da SSP-PI, do Instituto de Metrologia do Piauí (IMEPI) e da Delegacia de Crimes contra a Ordem Tributária (DECCOTERC) cumpriram mandados em postos nas zonas Sul e Leste da cidade.
Os investigadores apuram fraudes eletrônicas em sistemas de medição e adulterações nas bombas. O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e laboratórios de inteligência financeira acompanham o caso.
Até o momento, não houve prisões, mas há indícios de participação de empresários e ex-gestores públicos no esquema. Entre os investigados está o ex-vereador e ex-secretário municipal de Relações Institucionais de Teresina, Victor Linhares (PP), além de suas empresas e familiares.
A operação é um desdobramento da investigação federal iniciada em 2025, que identificou um esquema de movimentação ilícita superior a R$ 52 bilhões em todo o país, envolvendo adulteração de combustíveis, fraudes fiscais e lavagem de dinheiro por meio de empresas de fachada e fintechs controladas pela facção.
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