Base se esvazia e governo Temer fica menor, diz Rodrigo Martins

24/10/2017 13h33


Fonte Cidadeverde.com

Imagem: DivulgaçãoClique para ampliarDeputado Rodrigo Martins (PSB-PI)(Imagem:Divulgação)Deputado Rodrigo Martins (PSB-PI)

A votação da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer, programada para amanhã no plenário da Câmara dos Deputados, deve revelar um governo cada vez mais distanciado de sua base. É o que avalia o deputado Rodrigo Martins (PSB-PI), que repetirá amanhã o voto da primeira denúncia: contra o presidente e pela continuidade do processo.

Em entrevista ao Acorda Piauí, hoje cedo na Rádio Cidade Verde, Rodrigo disse que os aliados de Temer não mostram nenhuma empolgação em torno da decisão de amanhã e pode haver dificuldade inclusive para início da votação.

Como aconteceu em agosto, a mesa diretora da Câmara decidiu que a votação só terá início com a presença de pelo menos 342 deputados em plenário, correspondente a dois terços da Casa.

Rodrigo diz que o número de deputados em Brasília é muito baixo e isso pode comprometer a apreciação da matéria. Independente das dúvidas sobre quórum, Rodrigo reconhece que o governo tem número suficiente para barra a continuidade da denúncia. Mas acha que a vitória não deve esconder as dificuldades políticas crescentes do governo Temer.

“O governo sairá diminuído”, avalia, certo que a votação a favor do presidente não repetirá os 263 votos do dia 2 de agosto. Ele critica o governo Temer, que considera “muito fraco” e orientado pelo recurso da barganha política.

Sem espaço para votar reformas

O deputado Rodrigo Martins (PSB-PI) também falou sobre os trabalhos do Congresso após a votação da denúncia. Os governistas acreditam que podem recolocar em pauta as reformas da Previdência e Tributária. O deputado piauiense pensa diferente. Para ele, nenhuma reforma será avaliada este ano. “Nada com quorum especial será votado”, afirma.

Lembra que as reformas incluem temas polêmicos, com implicações na opinião pública, o que não deve levar ao engajamento da maior parte dos deputados. Além disso, considera que fatos novos como o relatório da CPI sobre a Previdência, criam novas dificuldades. O relatório, apresentado ontem afirma que não há déficit na Previdência.

O deputado disse que ainda não leu o relatório, mas ressalta que é resultado de uma comissão que utilizou levantamento técnico e que tais conclusões devem estar amparadas em dados consistentes.

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