Audiência pública debate cirurgias eletivas e mutirões nos hospitais do Estado

28/11/2019 09h49


Fonte Alepi

Imagem: AlepiClique para ampliarAudiência pública debate cirurgias eletivas e mutirões nos hospitais do Estado.(Imagem:Alepi)

A Assembleia realizou ontem (27) audiência pública para debater o problema das cirurgias eletivas e dos mutirões em todo o Piauí.

A audiência foi presidida pela deputada Teresa Britto (PV), autora do requerimento e presidente da Comissão de Saúde da Alepi Ela fez um resumo sobre asvisitas feitas a 21 hospitais e sobre os principais problemas constatados.

Teresa Britto disse que tem hospital público cobrando por exames e cirurgias, o que é ilegal, como é o caso de São Miguel da Baixa Grande, onde o hospital denunciado é o da Polícia Militar. Sobre as regulações das cirurgias, a deputada disse que elas não são papel do hospital, mas sim das Prefeituras.

Teresa Britto citou o exemplo de hospitais de boa estrutura, mas com péssimo atendimento, como é o caso do hospital de Barras, onde existem 400 cirurgias na fila de espera. A parlamentar acrescentou que os mutirões saem mais caros do que o atendimento nos hospitais.

Em seguida, a deputada falou da substituição de vários diretores de hospitais estaduais, depois das denúncias feitas pela Comissão de Educação, Saúde e Cultura, faltando substituir aquele que ela considera o pior, que é a direção da Maternidade Evangelina Rosa.

Depois da deputada Teresa Brito falou o vereador Jônatas Leite, de Pio IX, que denunciou o péssimo atendimento em todos os hospitais da região, onde tem paciente há mais de um ano esperando por uma cirurgia cardíaca. Ele disse que nos 16 anos de gestão do governador WellingtonDias a saúde só teve retrocesso.

O conselheiro municipal de Saúde de Teresina, Antônio José, condenou o uso político do atendimento hospitalar, citando o exemplo do atual diretoria da Maternidade Evangelina Rosa. Ele chamou a atenção do Governo do Estado para com o atendimento hospitalar no interior,pois o município de Teresina não dá conta der tudo sozinho.

O diretor do Hospital Getúlio Vargas, médico Gilberto Albuquerque, resumiu os problemas de atendimento hospitalar no Estado a um só fato: o não reajuste da tabela do SUS, o que causou a recusa dos hospitais privados, gerando, só em Teresina, uma perda de 700 leitos.

Outro problema citado pelo diretor do HGV foi a própria evolução das cirurgias, pois há 15 anos atrás era grande o número de engessamentoem fraturas, o que hoje é substituído por cirurgias. A maior longevidade das pessoas também contribuiu para o aumento do número decirurgias – disse ele, anunciando em seguida que o HGV terá mais duas salas de cirurgias.

Jesus Mouzinho, representante da Fundação Municipal de Saúde, defendeu que os mutirões de saúde sejam temporários, explicando que Teresina tem um modelo de saúde em rede e que a Fundação sempre busca atender bem os seus usuários.

Regina Alexandrina, da Assessoria Técnica da Sesapi (Secretaria de Estado da Saúde) deu explicações sobre as cirurgias eletivas, informando que se trata de uma ação estratégica do Ministério da Saúde e que o Estado recebe recursos para realizar os mutirões e que os mesmos não foram criados para atrapalhar.

Vitória Urbano, da Fundação Municipal de Saúde, falou rapidamente, apenas para informar que o órgão está pronto para colaborar com as discussões em torno da saúde pública.

Luciana Formiga, representante do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde, se queixou de não ter sido convidada para participar de determinadas discussões sobre saúde, chegando a pedir à deputada Teresa Britto que faça com que a Assembleia envie os convites a partir de agora. Ela disse que tem sacrificado sua vida privada em função da responsabilidade do cargo, chegando a dormir em casa apenas quatro vezes em dois meses.

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