Audiência pública debate a privatização da Eletrobras Distribuição Piauí

14/09/2016 14h10

Fonte Alepi

A privatização do setor elétrico foi objeto de discussão na Audiência Pública realizada hoje (14) no plenarinho na Assembleia legislativa com representantes do setor elétrico e funcionários da Eletrobrás-PI. O requerimento é da deputada Flora Izabel (PT). Na abertura dos trabalhos, a parlamentar petista confirmou que a bancada federal do Piauí “já acompanha o andamento dos trabalhos do Governo federal no processo de priavatização do setor de energia elétrica”.


Paulo Sampaio Machado, presidente do Sindicato dos Urbanitários, disse que, “a Eletrobras-PI, hoje, tem 1.400 servidores efetivos, todos, com risco de demissão depois da universalização da energia". No momento, 90% dos municípios piauienses têm obras da Eletrobras.

Segundo ele, desde 22 de julho, quando o Governo federal não renovou a concessão com as 6 distribuidoras de energia elétrica (2 do Nordeste e 4 da Amazonia). Em dezembro desse ano a Eletrobrás deverá anunciar o plano de desligamento voluntário de funcionários aposentados que voltaram ao trabalho.

Também deverá substituir 900 empregados (eletricistas e leituristas) todos, terceiriazados. Hoje, a média salarial da Eletrobrás é de R$ 8 mil. Desde 2015 a Eletrobrás ameaça com o programa de privatização. A consequência será o aumento do preço da tarifa e a precarização da mão de obra.

Emenda - Atualmente, tramita no Congresso uma MP 735 que define a política de privatização da energia elétrica do país. A categoria defende algumas emendas para atender o setor.

Raimundo Lucena Maciel, presidente da Federação Regional dos Urbanitários do Nordeste (FRUNE)disse que o setor elétrico do Nordeste tem, hoje, 2.500 servidores. Segundo ele, o objetivo da Audiência Pública “é expor a situação de desemprego, o quadro de aumento da tarifa, e a precarização dos servidores”, a exemplo do que aconteceu nos estados da Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Norte.