Assembleia participa de comitê em defesa dos bancos públicos

28/11/2017 13h27

Fonte Alepi

Convocada pela deputada Flora Isabel (PT), a audiência pública realizada na manhã desta terça-feira (28) no plenarinho da Assembleia decidiu pela formação de um “Comitê Estadual em Defesa dos Bancos Públicos, que deverá contar com a participação de deputados estaduais e federais, CUT, sindicato dos bancários e de servidores da Chesf, Eletrobrás e dos bancos do Brasil, BNB e CEF, dentre outros.

Segundo a deputada, os bancos públicos passam por um processo que pode culminar na sua privatização e quem perderá com isso são as pessoas mais pobres.

“Bancos privados não tem o compromisso social que os bancos públicos possuem”, afirmou Flora Izabel. Durante a abertura do debate ela citou os programas que poderão ser prejudicados, com os de habitação, FGTS e Bolsa Família. Marcada por palavras de ordem escritas em faixas e cartazes, como “Defender bancos públicos é defender o Brasil” e “Se é publico é para todos” a audiência pública chamou a atenção dos presentes para o risco da privatização dos sistema financeiro nacional e sua entrega ao capital estrangeiro. Como consequência desta entrega, os bancários temem o aumento das demissões iniciadas na década de 90 e agravadas no governo Temer e seu ministro da Fazenda, Henrique Meireles.

Foi o que deixou claro em seu discurso o presidente da Contraf – Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro, Carlos Sousa, que veio do Rio de Janeiro especialmente para a audiência pública. Ele destacou a importância da função social dos bancos públicos, coisa que os privados como Itau, Santander e Bradesco não fazem e nunca farão, porque eles apenas visam o lucro. Carlos concluiu convocando a todos para se envolver neste movimento em defesa dos bancos públicos: “nesta luta não podemos contar apensas com os sindicatos e sim com toda a sociedade”. E arrematou com um “Fora Temer, sim”.

Na mesma linha de abordagem falaram o superintendente da CEF no Piauí, Elizomar Guimarães, que defendeu um novo modelo de gestão do sistema financeiro nacional no qual a transparência seja a referência e destacou a importância da poupança da Caixa para o atendimento dos mais carentes. E lembrou que os primeiros poupadores da Caixa foram os escravos que guardavam o pouco dinheiro que tinham na poupança para comprar o título de alforria.

Falaram em seguida a bancária Francisca de Assis, representando a Fenai; Josevaldo, representante da CUT; o deputado Aluízio Martins(PT), o deputado João de Deus(PT); Arimatéia, presidente do Sindicato dos bancários; e a deputada Flora Isabel(PT), que encerrou a audiência anunciando a decisão de formar o “Comitê Estadual em Defesa dos Bancos Públicos”.

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