Taxistas param e fecham ponte JK em protesto por segurança na capital

01/12/2015 13h43


Fonte G1 PI

Quatro dias após o assassinato de um taxista na Zona Norte de Teresina, motoristas de todas as cooperativas de táxi da capital pararam de circular na manhã desta terça-feira (1º). A categoria se reuniu por volta das 8h30 e realizou um ato em frente à Assembleia Legislativa do Piauí para pedir propostas que garantam mais segurança para a categoria. A Ponte Juscelino Kubitschek chegou a ser interditada nos dois sentidos durante a manifestação.

Um documento foi elaborado solicitando a realização de uma audiência pública com os deputados estaduais, o secretário de segurança público Fábio Abreu e o Ministério Público. O objetivo é elaborar um plano de segurança voltado para a categoria.

Como não foram recebidos, os taxistas seguiram em carreata pela a avenida Frei Serafim e em seguida interditaram os dois sentidos da via na Ponte JK.

De acordo com o taxista Antônio Francisco, a falta de segurança é um problema antigo e a categoria cobra há muito tempo uma ação enérgica do governo contra a situação. Ele diz que as próprias cooperativas vêm adotando medidas para driblar a onda de insegurança, como não rodar em alguns horários e locais.

"Apesar disso ainda somos vítimas dos criminosos constantemente. A segurança do estado não faz nada e todo mês existem ocorrências contra nós",
falou o taxista durante o protesto na avenida Frei Serafim.

Imagem: Catarina Costa/G1Taxistas tomaram a avenida Frei Serafim em protesto contra a violência.(Imagem:Catarina Costa/G1)

O presidente do Sindicato das Cooperativas de Táxi de Teresina, Pedro Ferreira, disse que os profissionais estão trabalhando amedrontados e conta que somente em novembro foram 19 assaltos contra taxistas.

"Hoje a sensação é de medo. São 16 bairros de Teresina que não temos condições de andar, seja pela manhã ou a tarde, porque não se tem segurança. Já deixamos de atebnder em certos horários e só aceitamos corridas por telefone, mas mesmo assim continuamos sendo alvo dos bandidos",
falou.

Alguns mototaxistas também participaram do ato em apoio aos taxistas. O protesto deixou o trânsito caótico na região, com as vias de acesso a avenida completamente congestionadas. Alguns motoristas demonstraram irritação com situação. O funcionário público Airton Oliveira ficou preso devido ao protesto e conta que desde 9h tentava chegar ao trabalho.

"Eu só estou querendo ir trabalhar e eles não deixam. Não sei nem dizer se sou contra ou a favor porque desse jeito está atrapalhando todo mundo. Desde 9h estou tentando chegar ao trabalho e não consigo",
desabafou.

Um carro da Polícia Militar acompanhou o ato. De acordo com um taxista ouvido pelo G1, a estimativa é de que pelo menos mil táxis particiaparam da manifestação da categoria, intitulada de "Movimento Segurança e Justiça".

No documento direcionado às autoridades públicas, os taxistas afirmam que não andam mais em 16 bairros da cidade durante o período da noite. São eles: Prainha, Vila Jerusalém, Parque Universitário, Parque Eliane, Parque Vitória, VIla São José, Irmã Dulce, Vila Anita Ferraz, Vila do Avião, Árvore Verde, Conjunto Santa Bárbara, Afonso Gil, Vila Carlo Feitosa, Vila Santa Cruz, Dagmar Maza e Vila São Joaquim.

Os taxistas encerram a menifestação após as 11h e boa parte da categoria voltou a circular normalmente na capital.

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Tópicos: avenida, taxista, protesto