Suspeito de matar irmã a facadas no PI escreveu bilhete para vÃtima:"cuide das suas coisas"
18/02/2021 14h35Fonte G1 PI
Imagem: Reprodução
Advogada Izadora Santos Mourão, de 41 anos, foi encontrada morta no último sábado (13).
Advogada Izadora Santos Mourão, de 41 anos, foi encontrada morta no último sábado (13).O G1 teve acesso ao bilhete escrito pelo jornalista João Paulo Mourão, suspeito de matar a irmã, a advogada Izadora Mourão, antes do crime, ocorrido no sábado (13), em Pedro II, interior do Piauí. A carta foi apreendida por policiais do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), entre objetos da vítima, para colaborar nas investigações do caso.
Na mensagem, o suspeito comunica à advogada para nunca mexer em suas coisas sem permissão e nem criar "confusão" envolvendo o seu nome ou o da mãe deles.
A Polícia Civil acredita que, possivelmente, os dois possuíam desavenças devido a questões patrimoniais. Leia o bilhete completo ao fim da reportagem.
“Pare de criar confusão e se prejudicar. Cuide-se, esqueça a vida alheia, cuide bem dos seus filhos, procure organizar-se em sua vida. Lembre-se que temos uma mãe já de idade e um irmão especial para cuidarmos”, escreveu o irmão.
Prisão Preventiva
Imagem: Reprodução /TV Clube
João Paulo Mourão foi preso suspeito de matar a irmã.
João Paulo Mourão foi preso suspeito de matar a irmã.João Paulo Mourão foi preso na segunda-feira (15), suspeito de matar a irmã com sete golpes de faca. Após passar por audiência de custódia, o Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI) decretou a prisão preventiva do irmão da vítima.
De acordo com o coordenador do DHPP, Francisco Costa, conhecido como ‘Barêtta’, João Paulo preferiu se manter em silêncio. "Ele não fala, não confessa", relatou o delegado.
O suspeito ficará, agora, à disposição da Justiça, em uma unidade prisional do estado, aguardando julgamento.
A polícia ainda não concluiu o inquérito policial. A mãe e outros familiares também estão sendo investigados por suspeita de participação no crime.
Quarto lavado após o crime
As investigações apontam que, após matar a irmã com sete golpes de faca em seu quarto, o irmão teria ido dormir no quarto da mãe.
A mãe, ao encontrar a filha machucada no quarto, segundo a polícia, ligou para a empregada doméstica da casa e ordenou que ela lavasse o quarto onde aconteceu o crime.
“Lavaram o quarto, o sangue. Contudo, foram requisitadas perícias e o sangue humano, mesmo sendo lavado, deixa resquícios que a perícia criminal conseguem detectar”, disse Barêtta.
A mãe, segundo o DHPP, teria pedido ainda que a empregada doméstica dissesse aos policiais que o filho estava dormindo no momento do crime, criando um álibi para o suspeito.
A polícia não deu detalhes sobre como teria sido esse contato da mãe com a empregada. De acordo com Barêtta, a mãe, a empregada e outros familiares foram ouvidos e devem ser chamados a depor novamente em breve. Os policiais buscam determinar a participação de cada pessoa no caso.
Leia o bilhete:
Izadora,
Não mexa nunca nas minhas coisas sem a minha permissão e nem crie nenhuma confusão envolvendo meu nome e o da nossa mãe.
Cuide das suas coisas, da sua vida e não crie nunca confusão desnecessária para você nem para nós.
Pare de criar confusão e se prejudicar. Cuide-se, esqueça a vida alheia, cuide bem dos seus filhos, procure organizar-se em sua vida.
Lembre-se que temos uma mãe já de idade e um irmão especial para cuidarmos.
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