Site da transparência do Ministério Público do Piauí registrou apenas 29 dos mais de 80 assassinatos

21/12/2021 15h48


Fonte G1 PI

Imagem: ReproduçãoSite do Ministério Público registra apenas 29 dos mais de 80 assassinatos que houve em Parnaíba(Imagem:Reprodução)Site do Ministério Público registra apenas 29 dos mais de 80 assassinatos que houve em Parnaíba

Um levantamento feito pelo g1 junto ao site da transparência do Ministério Público do Piauí contabilizou que em todo o ano de 2021, até agora, apenas 29 assassinatos registrados em Parnaíba, no Litoral do estado, tiveram os inquéritos em andamento nas promotorias criminais da comarca local. Até semana passada, a principal cidade já havia registrado mais de 80 homicídios.

As consultas, que estão disponibilizadas para o público (confira aqui), aparecem com um número de processo, o assunto da área criminal, as datas de instauração do inquérito e o do registro no MP, além de quem fez este registro, o indiciado e para qual promotoria está designada para denunciar.

A pesquisa, realizada pelo g1, leva em conta apenas homicídios, latrocínios e lesões seguidas de morte. Dos 29 inquéritos que estão disponíveis para consulta, 13 estão com a aba indiciado com o nome “desconhecido”.

Outro dado que chama atenção é que em alguns, a instauração aconteceu em um dia e no outro foi registrado pelo Ministério Público. O g1 tentou contato com o Ministério Público, mas não obteve resposta aos questionamentos de como funciona o andamento dos processos e por quê a quantidade é bem menor do que os registros de assassinatos no município.

Em entrevista à TV Clube, o delegado regional de Parnaíba Eduardo Ferreira, pediu à população paciência para as investigações.

“Nós estamos trabalhando diuturnamente. O trabalho de investigação demora um pouco, mas ninguém precisa ficar apreensivo. Nós vamos dar uma resposta imediata a essa situação que tem em Parnaíba e ter, com toda certeza, o controle da criminalidade e vamos baixar esses índices”, destacou o delegado.
O especialista ouvido pelo g1 destacou que antes de encaminhar para os promotores, a polícia judiciária deve exaurir toda a investigação para chegar a autoria do crime e, depois de todos os esforços investigatórios não sendo possível atribuir com certeza a autoria, o Ministério Público se manifesta pelo arquivamento e o juiz analisa se acata ou não.

No entanto, de acordo com inquéritos do site do MP, há crimes que ocorreram em julho e que até o mês de dezembro não há autoria conhecida.

“Mas, o delegado envia requisitando dilação de prazo para conclusão do inquérito policial, pois o Código de Processo Penal, determina a conclusão em 30 dias, podendo a autoridade policial solicitar dilação de prazo, haja vista à complexidade do crime. O crime de homicídio é o mais grave de todos, se testemunhas não quererem falar, existem técnicas para solucionar isso”, destacou o especialista, que preferiu não ter a identidade revelada.

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