Promotora pede abertura de inquérito para apurar caso de menores em circo
16/04/2013 12h31Fonte G1 PI
A promotora de justiça da comarca de Monsenhor Gil, Rita de Cássia Rocha, vai solicitar a abertura de inquérito policial para investigar o caso das crianças e adolescentes encontradas fazendo apresentações de danças eróticas em um circo. Em audiência realizada nesta terça-feira (16), a promotora ouviu a família dos menores e ainda o responsável pelo circo.“Há indícios de exploração sexual e eles ainda podem responder pelo crime de abandono intelectual, já que as crianças não têm um acompanhamento escolar regular. De acordo com o relato do avô e da mãe, eles passam uma temporada de 22 dias em uma cidade e as crianças vão à escola, mas é impossível que elas tenham um acompanhamento regular passando de uma cidade para outra”, disse a promotora.
Imagem: Gilcilene Araújo
Promotora de justiça Rita de Cássia Rocha ouviu responsáveis pelas crianças nesta terça (16).
Promotora de justiça Rita de Cássia Rocha ouviu responsáveis pelas crianças nesta terça (16).Ainda segundo Rita de Cássia Rocha, o responsável pelo circo pode ser indiciado por homicídio doloso, porque uma das meninas fazia apresentação a uma altura de aproximadamente cinco metros.
"Não sabemos quando as investigações vão inciar porque no momento a delegacia de Monsenhor Gil está sem delegado", relatou Rita de Cássia.
Pelo menos 10 crianças estavam no circo quando o Núcleo de Operações Especiais da Polícia Rodoviária Federal realizou uma operação na sexta-feira (12) e interditou o local. Entre os menores, oito meninas com idade entre 4 e 16 anos, faziam apresentações de danças eróticas para a plateia.
Após a interdição do circo, as crianças continuaram sob a custódia da mãe e do avô porque o Conselho Tutelar de Monsenhor Gil não teve condições de transferir os menores para um abrigo.
Segundo a promotora, todas as crianças passarão por atendimento psicológico e farão acompanhamento com uma assistente social. “Esse é um procedimento muito importante para o processo judicial e vamos trabalhar com duas hipóteses, a primeira delas seria direcionar essas crianças para um abrigo e a segunda é orientar a família a arrumar uma residência fixa para essas crianças ficarem durante o trabalho dos adultos no circo”, explicou Rita de Cássia.
O responsável pelo circo participou da audiência, mas não quis falar com a imprensa. O homem chegou a passar mal durante a reunião.








