Promotora diz que CEM vai continuar internando menores infratores

14/02/2019 12h56


Fonte CidadeVerde.com

Imagem: CidadeVerde.comClique para ampliarPromotora Francisca Lourenço(Imagem:CidadeVerde.com)Promotora Francisca Lourenço

A promotora Francisca Lourenço disse que o Centro Educacional Masculino (CEM) vai continuar internando menores infratores. A representante do Ministério Público Estadual admite que a unidade abriga adolescentes acima da capacidade, mas que não há uma "superlotação".

De acordo com a promotora, o CEM possui 70 internos e tem capacidade para 60. “Não existe uma superlotação. Houve uma rebelião em agosto e uma ala ficou praticamente destruída. A Justiça fez ofício determinando medidas urgentes para que as reformas do espaço sejam aceleradas. A expectativa é que até o fim do mês do março tudo esteja solucionado”, disse a promotora.

A promotora Francisca afirmou que o CEIP também vai continuar internando os infratores. O Ministério Público e a Sescretaria Estadual de Assistência Social estão buscando estratégias, acordos, para que as internações continuem no Centro Educacional Masculino.

“Tem que ir para lá [CEM] ou para o Ceip mesmo. Estamos trabalhando com o impossível”,
disse a promotora.

O Ministério Público estuda ajuizar ações para que as unidades de internação provisórias da capital se adequem à lei do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo-Sinasi.

A promotora disse que nenhuma unidade de Teresina é adequada ao Sinasi. “Há possiblidade de ingressarmos ações”, acrescenta a promotora.

Rebelião

A promotora disse que foi aberta sindicância para apurar se agentes socioeducativos facilitaram a fuga de adolescentes do CEM em agosto de 2018. No entanto, ainda não há um resultado da investigação.

“A investigação ainda não acabou porque essas coisas andam devagar”
, falou.

Meninas infratoras

As declarações da promotora foram feitas em reunião que discute diretrizes de atendimento socioeducativo de meninas infratoras.

A reunião também discutiu mecanismos de otimização dos ambientes de acolhimentos de adolescentes, formas de abordagens e ressocialização. Em Teresina sete meninas cumprem medidas socioeducativas no Centro Educacional Feminino.

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