Professores da rede estadual recusam reajuste proposto pelo Governo do Piauí e permanecem em greve

17/03/2022 15h19


Fonte G1 PI

Imagem: DivulgaçãoProfessores da rede estadual recusam reajuste proposto pelo Governo do Piauí e permanecem em greve(Imagem:Divulgação)Professores da rede estadual recusam reajuste proposto pelo Governo do Piauí e permanecem em greve

Em assembleia realizada na manhã desta quinta-feira (17), os professores da rede estadual de ensino do Piauí decidiram recusar a proposta de 10% de reajuste salarial e 4,17% de auxílio-alimentação, que seria incorporado ao salário, feita pelo Governo do Estado. Com isso, a categoria decidiu manter a greve, que já dura 36 dias.

Ao g1, a presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado do Piauí (Sinte-PI), Paulina Almeida, afirmou que os educadores rejeitaram a proposta do governo e querem o aumento de 33%, conforme reajuste definido pelo Governo Federal, além de 17% relacionado aos anos de 2019 e 2020.

Após a assembleia, o Sinte-PI se reuniu com uma equipe do governo para informar a decisão da categoria e fazer a contraproposta. "Queremos os 33% de forma linear e os 17% referentes a 2019 e 2020 podem ser parcelados", informou a presidente do sindicato.

A proposta da categoria ainda será analisada pelo governo. "Fomos recebidos por uma equipe e ainda será avaliado. Estamos abertos a negociação, eles podem analisar e fazer uma proposta. Queremos voltar para as salas de aula", declarou Paulina Almeida.

Mesmo com a greve, as aulas na rede estadual tiveram início no dia 3 de março. Na ocasião, a diretora da Unidade de Ensino Aprendizagem (Unea), da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), Maria José Mendes afirmou que, apesar da paralisação de alguns profissionais, o calendário acadêmico deve ser cumprido sem atrasos.

"A gente não está aqui para tirar a reivindicação, o direito, [mas] reforça que existe uma equipe do governo que toca nessa questão administrativa e econômica. Podemos afirmar, enquanto parte pedagógica, que a carga horária dos nossos estudantes, no tocante ao ensino e aprendizagem, será cumprida", disse a diretora, na época.

A Seduc não divulgou informações sobre quantas escolas estão sendo afetadas pela greve dos professores. No dia do retorno às aulas, a diretora da Unea afirmou que estas instituições precisavam se reinventar.

“As nossas escolas, os nossos gestores e tudo que toca a educação, utilizam sempre da criatividade. Escolas que parte dos seus professores deflagraram a greve, a gente orienta ‘vamos manter acesa a chama, essa importante parte que é trazer nosso aluno para o chão da escola, garantir o direito de educação’. Mais contagiante é ver uma sala como essa, nossos alunos entusiasmados”, declarou Maria José Mendes, na ocasião.

De acordo com o governo, na proposta recusada pela categoria todas as classes seriam beneficiadas e o menor salário pago sairia de R$ 2.910,32 para R$ 3.845,63. O maior, ainda segundo o governo, ficaria no valor de R$ 7.468,87.

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Tópicos: governo, proposta, greve