Procissão das Sanfonas faz homenagens a Dr. Noronha, Bruno e Júnior Araújo

30/07/2016 08h08


Fonte Cidadeverde.com

O rei do baião, Luiz Gonzaga, foi homenageado na tarde de sexta-feira (29) na 8ª edição da Procissão das Sanfonas. O evento foi realizado no Centro de Teresina e reuniu mais de 50 sanfoneiros. A procissão foi dedicada ao médico e incentivador cultural, Antônio Noronha - que faleceu na semana passada - e aos irmãos idealizadores do Salve Rainha, Júnior Araújo e Bruno Queiroz.

Imagem: Cidadeverde.comClique para ampliarProcissão das Sanfonas faz homenagens a Dr. Noronha, Bruno e Júnior Araújo.(Imagem:Cidadeverde.com)

O cortejo musical também fez alusão aos 70 anos do baião. O gênero é o mais executado na região Nordeste e tornou-se popular na metade da década de 40, através de Luiz Gonzaga.

Um dos organizadores da Procissão da Sanfona, Wagner Ribeiro, explica que o cortejo é uma manifestação cultural, que resgata as raízes da cultura nordestina. Para esta edição, a novidade foi a presença de apresentações de capoeira, bumba-meu-boi, reisado e bailarinos.

“A Procissão das Sanfonas já está incorporada no calendário cultural de Teresina. Esse é nosso momento de colocar o pé no chão, a sanfona no peito e homenagear o rei do baião. É um evento que mexe com nossa memória, nosso sentimento. É bom lembrar que não só sanfoneiros participam, mas todas as pessoas que admiram a cultura nordestina”,
destaca Wagner.

A concentração da Procissão aconteceu no pátio da Catedral de Nossa Senhora das Dores, na Praça Saraiva, onde acontece uma missa. Em seguida saiu pelas ruas do Centro de Teresina até encerrar no Museu do Piauí.

O padre Antonio Cruz, pároco da igreja da Vermelha, fez questão de presidir a celebração para os sanfoneiros, já que possui ligação direta com os vaqueiros. "Eu sou neto de vaqueiro. O meu pai nasceu no interior e sempre tocou sanfona. Participar dessa procissão é uma maneira de homenagear o meu avô", afirmou ao Cidadeverde.com.

A procissão surgiu após o encontro entre o idealizador Wilson Seraine e Reginaldo Silva. Este último trabalhou 12 anos com Luiz Gonzaga. "A procissão é uma maneira de manter Luiz Gonzaga e o baião vivos", declarou.

Wilson Seraine é professor e fez tese de mestrado sobre Luiz Gonzaga.

O cearense Marcelo Leal também participa da procissão. Ele é autor da biografia "Humberto Teixeira, o Doutor do Baião". Humberto era parceiro de Luiz Gonzaga e, segundo Marcelo Leal, é autor de canções como "Asa Branca" e "Que nem jiló".

Para ele, a procissão é um "momento único". "É uma maneira diferente, autêntica de homenagear Luiz Gonzaga", ressalta.

Marcelo Lopes lança a biografia do Doutor do Baião neste sábado (30), às 14h, na Livraria Anchieta.

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