Polícia desarticula quadrilha que agia cobrando propina de empresários

13/07/2015 11h23


Fonte G1 PI

Imagem: Reprodução/TV ClubePresos foram encaminhados para a Sede do Greco em Teresina.(Imagem:Reprodução/TV Clube)Presos foram encaminhados para a Sede do Greco em Teresina.

Polícia Civil do Piauí deflagrou nas primeiras horas desta segunda-feira (13) uma operação para desarticular uma quadrilha que agia na Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz). De acordo com o delegado geral Riedel Batista, a quadrilha é formada por técnicos fazendários e empresários suspeitos de compor um esquema de crimes contra o Fisco Estadual.

Batizada de "Operação Propinagem", ação policial é fruto de seis meses de investigação e durante esse tempo foi constatado que os técnicos da fazenda cobravam propina de empresários para tributar parcialmente ou até mesmo deixar de tributar mercadorias.

Ao todo são pelo menos 15 mandados de prisão e cinco de busca e apreensão. Dez prisões já haviam sido efetuadas até às 8h. O cumprimento dos mandados ocorre nas cidades de Teresina, União, Pedro II, Piripiri, Altos e um no estado do Ceará.

"É uma organização criminosa que vem dando prejuízos ao estado com relação a cobrança de tributos. O mais importante agora é desarticular esse grupo",
falou o delegado.

O superintendente da Receita Estadual, Antonio Luis dos Santos, informou que o órgão já desconfiava de problemas na fiscalização de mercadorias e pediu ajuda da polícia, que constatou a participação de nove técnicos e cinco empresários no esquema.

“Esses técnicos liberavam mercadorias tanto nos postos fiscais quanto nas blitzen. Parte dos impostos do estado ia para as mãos dos fazendários. Não temos como precisar o valor desviado, mas estamos fazendo levantamento das empresas para saber o que foi sonegado”,
falou.

De acordo com Carlos César, delegado do Greco, além dos fazendários, empresários do setor de madeireira, frigorífico e refrigerantes foram presos.

A polícia destacou ainda que a quadrilha é grande e age em várias cidades do Piauí. Os presos estão sendo levados para a sede do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco). Eles devem responder pelos crimes de organização criminosa e corrupção ativa e passiva na área tributária.

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