PM e mais cinco são presos suspeitos de facilitar fugas e entrada de celulares em presídios do Piau

03/08/2017 10h09


Fonte G1 Globo

Imagem: DivulgaçãoClique para ampliarPoliciais cumpriram mandados de busca e apreensão dentro da Casa de Custódia(Imagem:Divulgação)Policiais cumpriram mandados de busca e apreensão dentro da Casa de Custódia
Um policial militar e mais cinco foram presos suspeitos de facilitar fugas e entrada de celulares em presídios do Piauí. As prisões ocorreram durante a Operação Conexão, deflagrada às 5h desta quinta-feira (3) e que cumpriu mandados de busca e apreensão nos pavilhões da Casa de Custódia de Teresina.

Segundo o secretário de segurança, Fábio Abreu, a investigação durou cinco meses e teve início após a fuga de quatro asssaltantes de bancos, em março deste ano na Casa de Custódia. Na época, a sindicância aberta pela Secretaria de Justiça concluiu que os presos tiveram facilidade para sair do presídio e com participação do policial.

"O policial militar trabalha na Casa de Custódia e teria facilitado a fuga ocorrida no dia 2 de março. Ele também atuava como agenciador da quadrilha, com a função de mandar comprar ou roubar celulares, embalar as baterias para facilitar a entrada dos equipamentos dentro do presídio, até 40 aparelhos por plantão, e os detentos pagavam para receber estes produtos", revelou Fábio Abreu.

Outras pessoas envolvidas no esquema também foram presas, como uma mulher que tem o marido e o filho presos na Casa de Custódia. Conforme a investigação, ela era responsável por entrar com os aparelhos no presídio.

"Essa quadrilha atuava basicamente na facilitação de fugas e entrada de celulares dentro do presídio. Arrecadar os aparelhos e encaminhar para serem comercializados por presos. Cada membro tem sua função definida e tinham o lucro de R$ 1.500 por celular. Por semana, eles chegavam a faturar R$ 5 mil ou até mais, dependendo da quantidade de aparelhos", contou o delegado Charles Jonas, do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco).

O secretário de Justiça, Daniel Oliveira, destacou o trabalho de monitoramento do sistema penitenciário pelos dos setores de inteligência das secretarias de Segurança e de Justiça do Estado. De acordo com ele, os aparelhos utilizados pelos presos estavam sendo rastreados e contribuiu para descobrir diversas ações criminosas.

Ao todo, seis prisões preventivas, quatro conduções coercitivas, sete buscas e apreensão, e dois sequestros de bens móveis foram cumpridos em Teresina e Timon, no Maranhão. Ao todo estão envolvidos cerca de 100 policiais nesta operação.

No final de junho, dois agentes penitenciários foram presos acusados de facilitar a entrada de drogas e celulares na Penitenciária de Parnaíba, Litoral do Piauí. Eles chegaram a arrecadar R$ 600 por semana pelo esquema. Para a polícia, os grupos presos nas duas operações não teriam ligação.


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Tópicos: suspeitos, fugas, facilitar